O assunto já havia sido tema de pronunciamento do deputado João Jaime (DEM). “O deputado acusou o prefeito Naumi de dispensar a licitação para fazer negociata, esquecendo que a empresa que ele está defendendo é a mais corrupta das empresas existentes no Ceará. Ela, sim, queria cometer uma imoralidade com o povo de Caucaia”, criticou.
Roberto Mesquita avaliou a medida como correta e destacou o compromisso do prefeito em relação à coleta de lixo. Segundo ele, o problema foi um dos primeiros a ser enfrentados pela nova administração. “Está sendo uma tarefa hercúlea, porque o contrato entre a Prefeitura e a empresa de lixo deve ser investigado. A empresa faturava sem levar o lixo”, denunciou.
Na avaliação do deputado, a contratação da empresa pela gestão anterior foi feita no “apagar das luzes”, concedendo o serviço por um prazo de 30 anos. Roberto Mesquita lembrou que a Marquise fez o mesmo em Fortaleza durante a administração do prefeito Juraci Magalhães. “Até hoje nós sofremos com isso”, comentou.
O parlamentar defendeu ainda que todos os contratos da empresa deveriam ser investigados peloTribunal de Contas dos Municípios (TCM) e pela Polícia Federal.
Em aparte, os deputados Leonardo Araújo (PMDB), Danniel Oliveira (PMDB) e Odilon Aguiar (PMB) também saíram em defesa do ex-deputado e atual prefeito de Caucaia, Naumi Amorim.
“Ele foi vítima de uma coalizão das elites cearenses, que estão querendo destruir aquele que venceu com o próprio trabalho”, disse Leonardo Araújo, que considerou um “absurdo” o contrato feito com a empresa. “Conheço Naumi de longas datas. Ele é um homem de muita capacidade de trabalho e decência familiar”, ressaltou.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) defendeu que o cancelamento do contrato tenha o apoio do Ministério Público para que o contrato seja investigado da forma correta. “Não caberia só uma investigação no município de Caucaia. A Marquise, há muito tempo, merece uma CPI desta Casa”, argumentou o parlamentar, em razão de denúncias que já surgiram sobre a empresa.
O deputado Odilon Aguiar (PMB) lembrou que a operadora de coleta de lixo tem problemas em vários outros estados. “Devemos aproveitar para analisar esse cambalacho que a Marquise vem fazendo no Ceará”, solicitou.
LS/GS