O parlamentar lembrou que o problema ganhou evidência a partir de 2015, com o aumento de casos. “As mães que têm filhos com microcefalia viviam até então no anonimato, sofrendo caladas, sem amparo nenhum dos governos”, frisou. Conforme o deputado, não somente as crianças têm necessidade de um acompanhamento multidisciplinar, mas também a própria família, que precisa de amparo para lidar com o problema novo.
No Ceará, este ano, até setembro de 2016, foram confirmados 92 casos de microcefalia, segundo dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Dr. Santana assinalou ainda que o período de estiagem, embora coincida com a diminuição dos casos, porque o mosquito Aedes aegypti, causador dessa e de outras doenças, como zika e dengue, tenha dificuldade de proliferação, deve ganhar a mesma atenção em relação às medidas de combate. “O momento de agir é esse”, pontuou.
O deputado também declarou ser contra a PEC 241, que limita gastos do Governo Federal e que poderá comprometer áreas como saúde, educação e assistência social. “O Governo tem que dar mais aos desvalidos, vítimas do sistema financeiro em que vivemos. É responsabilidade do Estado dar saúde, educação e assistência social. Quando ele deixa de fazer esse papel, cria um contingente de desamparados, contribuindo para aumentar a desigualdade social, proliferando crimes e a violência”, comentou.
O parlamentar criticou as medidas tomadas pelo Governo Temer, afirmando que o presidente pretende resolver o problema de caixa do País penalizando o povo brasileiro e deixando intocáveis os que já vêm lucrando. “Coloco-me contra a política desse governo que favorece bancos e o capital elitista, que insiste em entregar o pré-sal ao capital internacional. São medidas draconianas, do século passado, que já fracassaram na Europa e também vão fracassar no Brasil”, observou.
CF/AT