A curto prazo, o parlamentar apontou que a única reposta deve ser o treinamento, equipamento e armamento das guardas municipais, por meio das prefeituras. Já no longo prazo, Capitão Wagner acredita que a educação seja o caminho. “A educação pode contribuir para a redução da violência, e o ambiente escolar é o mais adequado para formar cidadania”, disse. O parlamentar afirmou que a viabilização de projetos deve ser feita por meio de articulação da Secretaria de Educação com outras pastas. “Forma-se cidadania de maneira integral, com participação de todas as secretarias”, acrescentou.
O deputado defendeu ainda a abertura das escolas nos finais de semana. “Não para massacrar o professor, mas para oferecer à comunidade atividades culturais, esportivas, religiosas”, argumentou. Segundo ele, o problema brasileiro é a falta de ocupação para os jovens.
Capitão Wagner lembrou que a mensagem criando a Delegacia de Combate ao Crime Organizado é fruto de uma proposta dele, por meio de um projeto de indicação aprovado na Casa. “A gente fica muito feliz em poder contribuir com o Estado, com o governador e tentar de alguma forma coibir a violência no Ceará”, avaliou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) elogiou a proposta de Capitão Wagner em relação ao combate ao crime organizado. Mas discorda do armamento da Guarda Municipal, compartilhando da opinião do advogado, doutor em Direito Público e mestre em Direito Constitucional Laécio Noronha. Segundo ele, o jurista defende que a Guarda poderia atuar de forma mais ampla, integrando saúde e educação numa ação preventiva. “Em vez de ação de prender, evitar que aquela pessoa se torne marginal. Deve-se expandir a Guarda, mas dentro da linha de prevenção, não da lógica de coerção”, pontuou.
O deputado Tomaz Holanda (PMDB) observou que “gestor que se preza dá segurança para sua cidade”. E, ao reclamar da violência que assola o Estado, destacou a necessidade de armar a Guarda Municipal, dando maior segurança aos municípios.
O deputado Roberto Mesquita (PSD) endossou a tese de que a educação é a chave para resolver os problemas e mudar o destino das pessoas. “E não se promove educação em curto espaço de tempo, deve ser um plano de estado. Nós vivemos numa sociedade que está doente; uma sociedade que tem doença e precisa de remédios duros", assinalou.
LS/AT