Elmano Freitas apontou que, dos 23 ministros nomeados, sete são citados na Lava Jato e estão pessoalmente envolvidos com esquemas de corrupção. "Entre os ministros, nenhum é cearense e não tem nenhuma mulher", afirmou. “Devemos nos indignar com esse ministério. São quatro ministros de Pernambuco e nenhum cearense. Isso é porque Pernambuco votou a favor do golpe, e a maioria da bancada cearense votou contra”, assinalou.
O deputado ressaltou ainda que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, advogava para o PCC (Primeiro Comando da Capital). “O novo ministro da Justiça diz que o problema da violência é os jovens. Não falou nem do crime organizado talvez para não desagradar os seus clientes”, afirmou.
O parlamentar também criticou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, por sugerir que não vai garantir recursos para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e vai acabar com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Impressiono-me com alguns deputados cearenses que dizem que esse ministério é normal. Pedem voto dos cearenses, mas no hora de defender o Ceará, não”, lamentou.
Elmano Freitas apontou ainda que o Governo Temer é a favor das terceirizações, e não do aumento do salário mínimo. “Essa é a reforma trabalhista de Michel Temer. O PT vai fazer resistência ao movimento do golpe”, frisou.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) parabenizou o pronunciamento do parlamentar e classificou o governo de Temer de “ilegítimo”. “São inúmeros retrocessos cometidos apenas nesse comecinho de Governo”, disse.
O deputado João Jaime (DEM) salientou que a população não quer saber se tem ou não ministros escolhidos do Ceará. “Se esse Governo apresentar soluções e empregos, vai ter o apoio popular”, afirmou.
GM/CG