Agenor Neto informou que nove estados brasileiros conseguiram reduzir os juros de suas dívidas. “O Ceará não foi nem atrás de resolver isso; sinal de que o Estado tem dinheiro guardado, o contrário do que sempre diz quando manda um representante vir aqui”, considerou.
Segundo o deputado, o Ceará também foi o estado que registrou o maior índice de aumento da tarifa de energia elétrica. Agenor Neto informou que outros estados nordestinos só elevaram a tarifa de energia em 10%, 7% e até 5%, enquanto o Ceará foi o único a atingir o pico de 13,64%.
Para o peemedebista, esse tipo de situação só atinge a população mais pobre do Estado. Ele citou as sucessivas mensagens que o Governo enviou à AL, no ano passado, propondo o aumento de impostos sobre produtos e solicitando aprovação para a realização de empréstimos.
Agenor Neto criticou o financiamento de empreendimentos como o Acquario Ceará, que, segundo ele, são “obras para rico ver”. “Um pobre nunca vai ter condições de frequentar um equipamento daqueles, caso um dia fique pronto”, afirmou.
Agenor destacou ainda o projeto de lei de sua autoria que assegura prioridade no atendimento de idosos em todos os hospitais da rede pública do Estado. Conforme observou, “são os idosos os que mais sofrem com os problemas de ordem social enfrentados pelo País”.
Em aparte, os deputados Leonardo Araújo (PMDB) e Tomaz Holanda (PMDB) elogiaram o discurso do colega de legenda.
Leonardo Araújo nomeou o projeto de Agenor Neto como “Lei Agenor Neto” e disse que a proposta atingirá positivamente todas as camadas sociais e irá marcar o mandato do colega.
Já Tomaz Holanda frisou a necessidade de discutir com a Coelce esse aumento na tarifa de energia, que ele qualificou como “abusivo”.
Já o deputado Renato Roseno (Psol) frisou que o argumento que se utiliza para não incentivar a Segurança Pública e a Educação no estado é o argumento orçamentário. “O sistema da dívida pública corrói o investimento porque os governos remuneram a banca financeira”, afirmou.
Segundo Renato Roseno, ano passado, o setor público brasileiro dedicou mais de R$ 1 trilhão aos bancos. “Por isso falta dinheiro, e daí a necessidade de lutarmos para recomposição e auditoria da dívida”, disse. Para o parlamentar, a dívida pública do Estado deve ser auditada rapidamente, “sob pena de pararmos o País para submeter nossa economia aos banqueiros, e isso não pode acontecer”.
PE/CG