“O PMDB deseja que o Michel Temer guie nosso país. Dizem que ele está limpo, que não tem nada contra ele. Pois afirmo aqui que o mesmo está sendo investigado pela operação Lava Jato. Já o nome da nossa presidenta não aparece na investigação em momento algum. Este é o homem limpo? Acho que ele tem o direito de disputar a eleição, e o PMDB é um partido grande e não precisar dar um golpe para chegar a Presidência”, opinou o parlamentar.
O petista negou ainda que seu partido esteja apresentando uma proposta de emenda constitucional propondo eleições gerais, caso o Senado aprove o impeachment. “Quem disse aqui que o PT está propondo eleições com uma PEC, ele não apresentou. O PT continua entendendo que a presidenta não cometeu crime”, frisou.
Elmano Freitas comentou ainda que boa parte dos deputados que votaram à favor da abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara Federal estão sendo investigados pela Polícia Federal e articulados com o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que também é réu.
“Quero ver os deputados do Ceará também votando a cassação de Cunha e de Temer. Usam do argumento de que o TCU julgou as contas da presidência de 2015, quando ele sequer tem um parecer sobre elas. Portanto é golpe. Querem usar o artifício do impeachment presente na Constituição para condenar alguém que não cometeu crime”, avaliou o deputado.
Para o parlamentar, existe uma tentativa de se chegar ao poder de qualquer forma e que o melhor caminho para que o país saia da crise profunda que atravessa é entregando a decisão ao povo. “O povo não foi pra rua pra ter Temer e Cunha no comando. Aviso desde já que ainda vai ter muita luta. Podemos não ter maioria parlamentar, mas o povo irá se rebelar contra essa situação, e lá na frente teremos um encontro nas urnas”, informou.
LA/CG