Fernanda Pessoa questionou os critérios para a majoração do preço das passagens. Segundo afirmou, a partir de primeiro de abril, os usuários da linha sul do metrô de Fortaleza vão pagar mais caro. “O bilhete passará de R$ 2,40 para R$ 2,85, com 18,45% de aumento, ultrapassando as tarifas de ônibus”, disse a deputada. Ela também criticou a falta de funcionamento dos trens 24 horas, além de não haver informação sobre dos horários do metrô nas estações.
Outra reclamação apresentada pelos usuários, de acordo com a deputada, é a falta de acessibilidade. As escadas rolantes estão constantemente interrompendo os serviços e, no bairro Alto Alegre, em Maracanaú, desde 2006 os pedestres reclamam a travessia para o bairro Conjunto Industrial. “O acesso foi removido para dar passagem ao metrô. Agora, os trabalhadores arriscam suas vidas diariamente, e solicitamos uma passarela com rampa de acesso. Milhares de pessoas precisam fazer a travessia, e agora se arriscam por falta de uma passarela”, acentuou
Fernanda Pessoa também criticou a não conclusão da Linha Sul do metrô “O metrô é um sonho, e temos reclamado pelo término das obras, que se arrastam lentamente há anos. Deveria estar pronto em 2013. Seriam 13 km e 10 estações, mas quase três anos depois nada saiu como o esperado”, pontuou. Ela também lembrou, como exemplo de atraso, a obra do VLT, que já passou por três novas licitações, mas ainda está pela metade. “Quem paga pelos atrasos é a população, que fica sem o serviço”.
De acordo com Fernanda Pessoa, hoje circulam pelas ruas de Fortaleza cerca de 1,5 milhão de veículos, e o trânsito caminha para um colapso. “Quem sofre cada vez mais é a nossa população, que tem a sua rotina afetada. Estamos com atrasos em obras urbanas, que poderiam reduzir o problema. A cidade não suporta mais tantos carros, motos e caminhões”, disse
A parlamentar informou ainda que passageiros da Linha Oeste do metrô do Cariri também reclamaram a paralisação das atividades das composições durante o feriado da Sexta-Feira Santa, a exemplo do que já havia ocorrido durante os feriados de Carnaval. “O argumento para a paralisação do serviço é a falta de demanda. Mas, pelo grande número de pessoas que me procurou, há muita demanda sim”, disse a parlamentar.
Em aparte, O deputado Roberto Mesquita (PSD) considerou que o metrô é motivo de vergonha para os políticos. “As obras se arrastam há mais de duas décadas, e não foram poucas as vezes em que os governantes marcaram data de inauguração. Muitos comerciantes faliram afetados pelas obras ainda inconclusas. O governador do Estado, que foi secretário das Cidades, precisa dar prioridade à obra”, disse.
Em resposta, o líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), esclareceu que o sistema de metrô tem um lapso temporal de 20 minutos. Para ele, esse tempo é muito elástico. “Por isso, o Governo do Estado está fazendo investimento de R$ 160 milhões para reduzir de 20 minutos para 6 minutos. Ele explicou ainda que nos feriados não existe demanda de usuários.
JS/CG