Elmano Freitas observou que as intenções da oposição ao Governo Dilma Rousseff têm a ver com o projeto "Uma Ponte para o Futuro", idealizado pelo PMDB, e que inclui na pauta temas como o “semiparlamentarismo” e uma revisão do pacto federativo.
De acordo com o parlamentar, a proposta visa, entre outras coisas, “eliminar certas vinculações que engessam o orçamento”, como os 25% do orçamento dos municípios que devem, atualmente, ser investidos na educação. “É com essa obrigatoriedade que eles querem acabar, com investimentos obrigatórios em educação e saúde, por exemplo”, esclareceu.
O parlamentar rebate ainda diversas críticas feitas em relação ao processo de nomeação de Lula como ministro. Elmano Freitas afirmou que “Lula não está blindado e será investigado pelo mesmo juiz que prendeu o senador Delcídio do Amaral. “Dizer que Lula está blindado é uma mentira saída da boca de quem não tem compromisso com a verdade e tem o intuito de confundir o povo”, criticou.
Em contrapartida, Elmano Freitas defendeu que, da mesma forma que Lula continuará sendo investigado, “que sejam investigados os parlamentares tucanos citados na delação premiada”. “O que não pode é ser um juiz competente para uns e não para outros, como Moro tem sido”, disse.
O petista informou que, nos últimos anos, 339 políticos foram investigados por corrupção no País, ao passo que o PT surge com apenas 10 nomes. Legendas como o PSDB e o DEM têm 58 e 66 nomes, respectivamente, informou. “Precisamos ter em mente que os partidos são compostos por pessoas, e não por anjos ou demônios, então olhem mais para si antes de apontar o dedo a alguém”, afirmou.
Elmano Freitas criticou o ato de “espionagem” encabeçado pelo juiz Sérgio Moro contra Dilma Rousseff. De acordo com ele, o ato foi “moralmente errado”, e assim seria considerado se fosse feito também com um cidadão comum. “Esse tipo de coisa pode implicar em chantagem. A legalidade deve ser aplicada a todos, especialmente aos juízes”, frisou.
O parlamentar convidou a todos para o ato que será realizado amanhã, a partir das 16h, na Praça da Bandeira, em defesa da democracia. “Não é um evento do PT, e sim de todos os movimentos sociais e daqueles que lutam por um país com justiça social para todos."
PE/AT