O parlamentar afirmou que hoje a rede de esgotamento sanitário do Estado é “uma tragédia” e cobre apenas de 15% dos domicílios. Ou seja, "o resto é jogado nos rios e nas ruas da cidade, levando doenças para a população, que tem o direito de ter um saneamento básico”, disse.
Heitor Férrer lembrou que ontem o governador Camilo Santana e sua equipe lançaram na Assembleia a Política Estadual de Resíduos Sólidos, assunto que ele avaliou de extrema relevância. “Considero a matéria extremamente importante, e nos remete a discutir algo que há anos não vem sendo prioridade dos nossos governantes, muito menos de quem tem a responsabilidade constitucional, que são os senhores prefeitos”, pontuou.
O parlamentar disse que o lixo - “a ausência ou a presença dele” - está ligado à qualidade de vida de todos nós. “Quando esse lixo não tem o destino correto, é lixo virando lixo, porque as populações sofrem, como Fortaleza está sofrendo”, pontuou.
Heitor Férrer destacou que a cobertura de coleta de lixo no Ceará corresponde a 58%. “Para cada 100 casas, 58 têm e 42 não têm". Já a taxa de esgoto sanitário, segundo informou, é de 15,23%. “Isso é um desrespeito”, criticou.
Com base na prestação de contas do Governo Estadual, Heitor Férrer disse ainda que, para saneamento básico rural, foram gastos, ao longo do ano de 2015, R$ 3,4 milhões. No saneamento básico urbano foram empenhados R$ 36 milhões. O parlamentar criticou a falta de prioridade ao comparar os valores acima com o que foi gasto para a construção do Acquario, que já custou aos cofres do Estado R$ 144 milhões.
A habitação também foi outra área citada por Heitor Férrer. O parlamentar disse que o déficit chega a 300 mil moradias no Estado e que o governo aplicou em habitação rural R$ 120 mil. “O Governo não tem vergonha de gastar 120 mil reais e tem coragem de gastar 144 milhões para casa de peixe”, enfatizou.
LS/CG