Com base no tema da Campanha da Fraternidade de 2016, “Casa comum, nossa responsabilidade”, que trata da importância do saneamento básico, Capitão Wagner apresentou vários dados que comprovam a falta de investimento da atual gestão de Fortaleza. Segundo ele, Fortaleza despencou no Ranking do Saneamento, elaborado pelo Instituto Trata Brasil, passando do 28º lugar, em 2010, para o 53º lugar, em 2013.
“Em Fortaleza, o esgotamento sanitário não chega a 53% da população. De acordo com o ranking, em 2012, apenas 49% do esgoto da Capital era coletado. Fortaleza ficou abaixo da média dos municípios analisados, que é de 62,4%. Apenas 47% do esgoto de Fortaleza recebe tratamento”, apontou o parlamentar.
O deputado destacou a previsão do Plano Municipal de Saneamento Básico, aprovado por decreto do prefeito Roberto Cláudio, no final de 2015, apontando que 99% da população será atendida somente em 2033. O parlamentar entende que um dos motivos para esse déficit é o longo período de baixos investimentos em esgotamento sanitário.
De acordo com Capitão Wagner, no levantamento do Instituto Trata Brasil, Fortaleza aparece entre os piores municípios na tentativa de melhorar a cobertura de água e esgoto, recebendo conceito zero no indicador que constitui 15% da nota final atribuída a cada município.
“A situação é preocupante, pois, enquanto as casas legislativas tomam medidas para induzir o cidadão a cuidar do seu patrimônio, o próprio Poder Público não faz nada. Roberto Cláudio, quando candidato, criticava muito a gestão de Luizianne Lins por não ter feito plano municipal de saneamento, pois este deve ser feito por lei e passar pela Câmara. Daí ele, depois de três anos sem fazer nada, desobedece à lei e estabelece o plano”, criticou o deputado.
Em aparte, o deputado Agenor Neto (PMDB) disse que um bom gestor deve priorizar obras como as de saneamento básico pela sua importância na qualidade de vida da população. “Quando a gestão está focada nesse serviço, é possível realizá-lo em qualquer época, seja qual for o tamanho do município. Estamos vivendo uma situação muito difícil em Fortaleza, e não vemos prioridade em ações tão necessárias”, afirmou.
O deputado Renato Roseno (Psol) lembrou que saneamento, além da oferta de água tratada e coleta de esgoto, compreende a coleta do lixo domiciliar. “Os dados que o senhor traz já são por demais vergonhosos e contradizem por completo o discurso do então candidato na época, Roberto Cláudio. Mas mais assustador é ver o crescimento dessas doenças e uma ploriferação de rampas de lixo”, criticou.
LA/AT