“As previsões meteorológicas indicaram a presença do El Niño, que causa fortes chuvas no Sul e seca no Nordeste. No entanto, há indicações que o fenômeno está se dissipando, com o aumento da temperatura das águas do Atlântico e o resfriamento do Pacífico, o que pode mudar o quadro”, pontuou.
O parlamentar, no entanto, lembrou que o maior reservatório do Estado, o Castanhão, está com apenas 11% de sua capacidade útil, e baixando o nível a razão de 1% ao mês. O Orós, segundo em volume de armazenamento, está com 38% da capacidade, enquanto que o Banabuí tem apenas 1%, conforme explicou.
“Medidas sérias precisam ser adotadas agora, se o pior quadro se confirmar. O Governo está realizando campanha de racionalização do consumo, mas devemos ter ações mais veementes, no sentido de controlar o desperdício. Pois mais um ano de seca será drástico. Tem de haver um choque na população”, alertou.
O deputado assinalou que quase metade da população do Estado depende do açude Castanhão, e todos precisam entender a situação crítica. “Se perdurar o quadro, não haverá governo que resolva. E no próximo ano, até os poços secarão, se não chover”, pontuou.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) considerou que o alerta é importante, porque o Castanhão abastece Fortaleza, e está só com 11%, caindo um por cento a cada mês. “É preciso que todos se conscientizem e racionalizem o uso da água”. Ele salientou que o Governo está fazendo um grande esforço, cavando 1000 poços profundos e há a previsão da perfuração de mais 2.400 poços. “Serão adquiridas mais 19 perfuratrizes. Ainda temos muita água no subsolo. Há bem mais reservas hídricas do que se imaginava”, disse.
O deputado Manuel Duca (Pros) disse que a “coisa está se agravando”. Segundo ele, na região do baixo Acaraú, a perfuração de poços está avançando muito lentamente. “As pessoas estão cobrando muito mais velocidade”, afirmou.
Granja também fez balanço de atividades da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, presidida por ele. O deputado informou que foram realizadas 24 reuniões ordinárias, 69 extraordinárias, 260 estudos técnicos e uma audiência pública. Entre as matérias apreciadas o parlamentar destacou a promoção de policiais, reajuste dos professores, empréstimos para construção de hospitais, e as sabatinas para conselheiros da Arce e Defensoria Geral. “A comissão deu resposta às demandas e nenhum projeto ficou engavetado”, informou.
JS/CG