Conforme o parlamentar, o capitalismo aboliu o sistema escravocrata, mas o negro passou a ser tratado como mão de obra barata, e as mulheres continuaram sendo objeto de exploração sexual. “Por isso, as mulheres negras se programaram, na data de hoje, para apresentar, em Brasília, uma extensa pauta de reivindicações, com demandas como respeito às leis trabalhistas, contra salários diferenciados entre homens e mulheres e pelo fim da discriminação”, pontuou.
Dr.Santana revelou que o movimento das mulheres vai denunciar também a violência contra os jovens negros, que são vítimas, em maior número, dos assassinatos praticados no País. “É hora de a sociedade brasileira fazer a defesa dessas bandeiras. Temos de avançar e garantir esses direitos”, afirmou.
A deputada Rachel Marques (PT) ressaltou que, hoje, as mulheres negras do País inteiro estão mobilizadas em uma grande marcha. “Há uma efervescência de mulheres que toma conta do País contra a intolerância e o machismo. As mulheres, além de serem discriminadas enquanto gênero, sofrem muito com o racismo”. A deputada lembrou que recentemente uma atriz sofreu racismo em redes sociais, apesar de bela e famosa. “Imagine as que são pobres e desconhecidas”, frisou.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) disse que é conservadora, mas entende que o racismo precisa ser combatido. “Há um caso de uma funcionária de hospital, conhecida como Maria Preta, que foi acusada de roubar desodorizantes de ambiente só por ser negra. Depois, descobriu-se que os furtos eram praticados por outros funcionários. Combate ao racismo nada tem a ver com pauta conservadora”, apontou.
O deputado Elmano Freitas (PT) afirmou que o povo negro é discriminado na sociedade brasileira, percebendo salário menor que a média. “Quando a mulher é negra, a discriminação é ainda maior. Vamos debater um plano estadual de cultura e um plano nacional de educação aqui na Assembleia. Precisamos contemplar esse tema", propôs.
JS/CG