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Heitor Férrer aponta irregularidades em projeto de requalificação da Beira Mar - QR Code Friendly
Terça, 27 Outubro 2015 12:29

Heitor Férrer aponta irregularidades em projeto de requalificação da Beira Mar

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Dep. Heitor Férrer (PSB) Dep. Heitor Férrer (PSB) Foto: Maximo Moura
O deputado Heitor Férrer (PSB) denunciou, nesta terça-feira (27/10), durante o primeiro expediente, irregularidades nas obras de requalificação da Beira Mar. Segundo ele, relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta sobrepreço em mercadorias e materiais.

Conforme Heitor Férrer, na obra da Beira Mar, dos R$ 321 milhões, há um sobrepreço que chega a R$ 45 milhões. “Isso tem que ser revisto”, afirmou. Com o documento em mãos, o parlamentar citou superfaturamento de 162% em piçarra para aterro; de 191% em limpeza de final da obra; 71% em rebaixamento do lençol freático e de 214% para armação em aço. “São valores elevadíssimos. Por isso, estamos encaminhando ao Ministério Público do Estado esse relatório, que já deve ter, mas vou oficiar aqui pela Assembleia também”, informou.

O parlamentar lembrou que o projeto de requalificação foi licitado em junho de 2012, na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, no valor de R$ 282 milhões, sendo declarada como vencedora a Construtora Camargo Correia. A empresa, alvo de investigação pela Operação Lava Jato, foi escolhida com a proposta de R$ 231 milhões. “O que se espera? Fazer a obra, dar aos fortalezenses a obra, que se encontra parada há três anos, e isso acaba redundando em prejuízos”, lamentou.

Heitor Férrer mencionou a Lei nº 8666, das licitações, que estabelece nos seus artigos requisitos rigorosos, como o que veda incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem. “Aí fazem, e nada disso é observado”, pontuou.

Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) disse que chegou a abordar o tema anteriormente, afirmando que o relatório do TCU comprova o superfaturamento, e o que o dinheiro foi ou iria ser mal utilizado. “A gente espera que a Prefeitura tome as providências para que essa obra tão importante para nossa economia possa ser executada”, disse.

O deputado Roberto Mesquita (PV) lembrou que teve a oportunidade de acompanhar o processo quando a obra foi relançada na atual gestão municipal e foi declarado que os recursos federais seriam repassados por meio da Caixa Econômica Federal (CEF) para a Prefeitura de Fortaleza. Entretanto, segundo ele, os recursos acabaram não sendo repassados e, com as irregularidades apontadas pelo TCU, a obra deverá demorar ainda mais.

O deputado Sérgio Aguiar (Pros) disse que, para ser iniciado esse processo de requalificação, a Caixa Econômica teve que analisar o projeto, como de fato fez, e a execução não foi comprometida. “A mim, custa crer é que a Caixa Econômica Federal e o TCU analisem de forma diferente”, observou.
LS/CG

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1042 vezes Última modificação em Terça, 27 Outubro 2015 14:01

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