Após ouvir críticas e cobranças de colegas parlamentares nas últimas duas sessões da Assembleia Legislativa, o líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), foi à tribuna afirmar que, no tocante à segurança pública, a gestão não está de braços cruzados e tem trabalhado ações de curto e médio prazo que, apesar de ainda não terem atingido resultados ideais, já podem ser percebidas pela população.
O Estado apresentou redução de 2,6% no número de homicídios. Esta foi a sétima baixa em oito meses em relação ao mesmo período do ano passado. Já Fortaleza teve queda significativa de 13% em setembro. Os dados foram apresentados pelo próprio governador Camilo Santana e a vice-governadora Izolda Cela durante reunião de monitoramento do programa "Em Defesa da Vida", na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, em Fortaleza.
Além desse, o governo aposta em outro programa apontado por Evandro Leitão, o Ceará Pacífico. "Ninguém muda o perfil de uma sociedade de um dia para o outro. É um avanço lento. Sabemos que não atingimos o patamar ideal, mas, diante disso, não é justo dizer que o Governo não está fazendo nada para conter a violência", acrescentou o deputado Evandro Leitão.
Em aparte ao líder, Dr. Santana (PT) defendeu programas inovadores e intensivos adotados nos últimos anos. "Não consigo imaginar como estaria o Ceará hoje sem o Ronda do Quarteirão", opinou. Segundo ele, existe um debate sobre uma nova estratégia para dar mais celeridade à atuação da Polícia Civil, voltada para obtenção de mais resultados concretos. O petista cobrou também que deveria haver mais investimento federal.
Impunidade
O deputado Fernando Hugo (SD) concordou que o Governo Federal deveria assumir uma maior responsabilidade no combate à violência e voltou a pontuar que a impunidade seria a principal responsável pelos índices de violência do Estado. "Por um lado estão usando crianças para praticar assaltos e até crimes piores e do outro o Governo Federal não age como deveria", declarou o parlamentar.
A presidente Dilma Rousseff já se pronunciou sobre o tema. No ano passado, ela defendeu que os estados tenham menos controle sobre as polícias. A chefe do Executivo federal chegou a afirmar, em entrevistas, que são necessárias mudanças na Constituição Federal para que a segurança deixe de ser uma atribuição das unidades federativas.