Segundo o parlamentar, esses feirantes acabam se espalhando de forma desordenada pela cidade, ocupando lugares irregulares e sem segurança. “O Ceará, até bem pouco tempo, era conhecido como segundo polo da indústria de confecções do País, perdendo apenas para São Paulo. Hoje estamos na 11° posição, porque não oferecemos infraestrutura para essas feiras. Temos o exemplo de Pernambuco, que investiu no registro e regularização dos seus feirantes, e registra 200 ônibus de turistas desembarcando todos os dias”, pontuou.
Capitão Wagner citou como exemplo a feira da rua José Avelino, no Centro, afirmando que se tornou conhecida pelo volume de dinheiro que movimenta, mas também pela sua desorganização. “Além da forma desorganizada dos feirantes, existe ainda o grave problema de insegurança no local. Com isso, milícias estão se instalando e cobrando dos feirantes para garantir sua segurança”, informou.
O deputado relatou ainda que, em sua visita à feira, tomou conhecimento de um folheto informativo sobre a construção de um novo polo comercial para os feirantes, ofertando os boxes por R$ 12 mil, além de uma taxa mensal de R$ 700,00 para manutenção. “A Prefeitura, em vez de organizar um espaço para esses vendedores e regulamentá-los, está ajudando uma empresa particular que já possui vários empreendimentos. Como eles vão pagar esse valor?”, condenou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PT) disse que falta à Prefeitura sensibilidade para tratar da questão. “Uma forma de ocupar o centro da nossa cidade é organizar o comércio, mas parece que não estão sabendo canalizar esse processo”, avaliou. Para a deputada Fernanda Pessoa (PR), a regulamentação desse comércio precisa de urgência, pois são pais de família que só estão querendo trabalhar.
Já a deputada Dra. Silvana (PMDB) disse que não entende por que a prefeitura já não providenciou um local adequado para os feirantes, que movimentam a economia e poderiam estar arrecadando uma taxa, até mesmo para garantir a segurança. “O prefeito tem que defender o interesse do povo, não dessas empresas. Colocar uma pessoa para ser escravo de uma empresa? Isso está muito errado”, afirmou.
LA/AT