Renato Roseno comentou que, em visita ao Centro Educacional São Miguel, uma das unidades que tem sua interdição solicitada, constatou que o local, com capacidade para abrigar 60 jovens, abrigava 215.
“Não precisa ser especialista para concluir que, se em uma unidade de segurança em que cabem 60 pessoas eu coloco 215, eu gero uma explosão de violência e faço qualquer coisa, menos socioeducação”, ressaltou o parlamentar.
Ainda segundo o deputado, existe uma necessidade urgente de mais e melhores investimentos na socioeducação dos jovens infratores no Estado, e o tema precisa fazer parte da agenda de prioridades do governador Camilo Santana.
“O Governo do Estado tem sido leniente com essa problemática, e essa ausência de respostas vai causar mortes. Precisamos tomar com seriedade e responsabilidade essa questão, assegurando que esse colapso seja assumido pelo governador”, pontuou Roseno.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), ponderou que o tema transcende a responsabilização exclusiva do Poder Executivo.
“Esse é um problema sério, mas temos que provocar outros poderes também, como o Judiciário. No interior do Estado, a partir de qualquer ato praticado por um menor, o juiz pode decidir, por exemplo, mandar esse jovem para uma unidade de regime fechado, em vez de uma unidade de internação provisória, fazendo com que ele conviva com quem cometeu atos infracionais mais graves”, destacou o pedetista.
RG/JU