Agenor Neto lembrou que à época chegou a procurar apoio para tentar incluir o município de Iguatu no projeto, haja vista a importância para o desenvolvimento do centro-sul do Ceará.
O parlamentar disse que, incomodado com a indefinição, foi a Brasília cobrar celeridade no processo em audiência com o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. Conforme Agenor Neto, o ministro colocou a necessidade de avaliar a questão ambiental, porém, o parlamentar retrucou alegando que sequer “tinham ido ao Iguatu”.
Agenor Neto informou que, ontem, uma comissão do Ministério foi à cidade para iniciar o debate sobre a questão ambiental e os locais a desapropriar. “A minha preocupação também é, como disse o ministro, pelas condições do País”, assinalou. Os 270 aeroportos previstos para serem concluídos este ano passam por novo planejamento, conforme acrescentou, e apenas 40 deverão ser licitados em 2016.
O parlamentar disse que já houve mobilizações por parte de outras regiões do Estado, como o norte, para priorizar o Aeroporto de Sobral, “que já tem condições mínimas atendidas”, diferentemente dos aeroportos de outras localidades, como Quixadá, Crateús e Iguatu.
Agenor Neto cobrou mais uma vez a necessidade de equilibrar os investimentos no interior do Estado, estendendo críticas à disparidade de aplicação entre as regiões na área da saúde. Segundo ele, o Governo banca diariamente transporte de avião de médicos para Sobral, com gastos que chegam a R$ 180 mil mensais. “Que tenha esse avião para Sobral, mas que tenha também para outras regiões do Estado”, queixou-se. De acordo com ele, são investidos mais de R$ 400, por pessoa, na região norte. “Em nossa região (centro-sul) é menos de R$ 100. É altamente injusto”, acrescentou.
O parlamentar também denunciou o recolhimento de tickets para recarga de água em Iguatu, pelo Governo do Estado, que “simplesmente cortou os carros-pipa” para 36 comunidades. “São cinco mil famílias”, disse.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) endossou a defesa de seu correligionário em favor da região centro-sul. Segundo ele, há uma preferência pela região norte, em detrimento do restante. “Que Governo é esse? Quero propor que junto com Vossa Excelência façamos audiência para readequar esses números, evitando que os investimentos fiquem tão desiguais”, sugeriu.
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