A deputada destacou que, no último mês, foram contabilizados, pelos pescadores, mais de dois milhões e meio de peixes mortos no açude. “Ao todo, o prejuízo chega a milhões, segundo informou o prefeito de Jaguaribara, Francini Guedes. Pelo menos duas mil famílias sobrevivem diretamente da produção desses peixes”, assinalou.
Fernanda Pessoa ressaltou que a Associação dos Criadores da Barragem Castanhão assinalou que os produtores estão sem dinheiro, inclusive para quitar dívidas bancárias, que seriam pagas com o comércio do peixe. “O Governo do Estado precisa levar uma equipe de técnicos e engenheiros para analisar essa situação e acompanhar as famílias e pescadores daquela região, que dependem da pesca para sobreviverem”, frisou.
Para a parlamentar, o prejuízo da mortandade de peixes é incalculável para as famílias e também para o Estado. “Todo o potencial econômico da região de Jaguaribara está na produção dos pescados. O artesanato, os serviços e a mão de obra são voltados para isso. É urgente para a nossa economia, para as famílias e para os que vivem da pesca, que sejam realizados estudos para descobrir o que tem causado essa mortandade”, acrescentou.
A deputada salientou ainda que o açude Castanhão tem capacidade para acumular 6,7 bilhões de metros cúbicos de água, mas está apenas com 19% de sua capacidade.
Em aparte, o deputado Audic Mota (PMDB) destacou a importância do assunto e afirmou a necessidade de negociar a dívida dos trabalhadores com os bancos. “Precisamos levar o apelo dessas famílias para tentar renegociar as dívidas”, disse.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) destacou que os moradores e pescadores de Jaguaribara fizeram empréstimos pensando em dias melhores. “No final, os trabalhadores foram prejudicados porque não têm produção de peixe e ainda estão devendo ao banco. É preciso que sejam dispensados dos empréstimos”, afirmou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) também defendeu que a dívida dos trabalhadores seja renegociada com os bancos. “É preciso dar a oportunidade de os trabalhadores recomeçarem”, salientou.
O deputado João Jaime (DEM) assinalou a necessidade de controle no Castanhão. “É preciso redimensionar. Os danos financeiros podem ser compensados, mas os ambientais são imensuráveis”, afirmou. O deputado Danniel Oliveira (PMDB) ressaltou que providências devem ser tomadas para evitar a mortandade de peixes no açude.
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