De acordo com Fernando Hugo, a comitiva foi a Caracas, capital da Venezuela, para testemunhar a forma como os prisioneiros políticos daquele país estão sendo tratados pelo regime do presidente, Nicolás Maduro. A van que transportava os senadores, entretanto, foi recebida com hostilidade por manifestantes. “Aquela comissão foi nomeada pelo presidente do Senado Federa, e solicitada por múltiplos senadores. O que aconteceu com eles lá em Caracas é inaceitável”, afirmou.
O deputado afirmou que irá encaminhar um requerimento em repúdio ao Itamaraty. “Não dá para se pensar minimamente em democracia diante de uma situação dessas”, disse.
Em aparte, os deputados Joaquim Noronha (PP), Manoel Duca (Pros), Carlos Felipe (PCdoB), Capitão Wagner (PR), Gony Arruda (PSD) e Heitor Férrer (PDT) também repudiaram o ocorrido.
Joaquim Noronha frisou que a Venezuela “não respeita os direitos humanos nem o direito de autoridades”, e que sua participação no Mercosul deveria ser repensada. Manoel Duca concordou e disse que a exclusão do país do grupo econômico é uma medida forte a ser tomada.
Carlos Felipe expôs sua postura e de seu partido contra qualquer atitude arbitrária e antidemocrática. Ele lembrou, porém, que o governo venezuelano foi eleito pelo povo em eleição justa e reconhecida. “Uma nova comissão já está sendo formulada para voltar àquele país e apurar o que houve, na realidade”, informou.
Capitão Wagner criticou a “omissão do governo brasileiro ante a situação”. Disse que se fosse ao contrário, se uma comissão venezuelana viesse ao Brasil e fosse tratada daquele modo, a reação do governo daquele país seria dura.
Já os deputados Gony Arruda e Heitor Férrer entendem que o Governo brasileiro deve se posicionar “diplomaticamente” o quanto antes. Para Gony, “o Governo deve agir com prudência e elegância para sair dessa situação”. Já Heitor reforçou que os senadores representavam todo o povo brasileiro. “O que aconteceu lá foi hostil e belicoso”, pontuou.
PE/AT