Segundo o parlamentar, a superlotação na instituição é grande, e muitos pacientes ficam aguardando nas calçadas para entrar no hospital. “Quando chegamos, tinha uma mãe acompanhando uma criança com paralisia cerebral, aguardando na calçada e sem alimentação. Quem aguarda na calçada por atendimento já é de responsabilidade do hospital”, apontou.
O deputado salientou que, quando entrou na unidade, havia muitas crianças amontoadas. “Lembrou-me cena de presídio, onde as pessoas ficam amontoadas em um cubículo. Provavelmente não deve ser bom pacientes com diversas enfermidades juntas sendo medicadas”, assinalou.
Audic Mota ressaltou ainda que o hospital é abafado, o setor de tratamento intensivo - com estrutura para receber 10 bebês - atende 22 e que existem paredes mofadas e obra inacabada. Segundo o parlamentar, a diretora do hospital, Marfisa Portela, explicou que grande parte dos problemas enfrentados pela instituição partem do atraso do repasse de verba, principalmente pela Prefeitura de Fortaleza.
Para o deputado, o Governo do Estado precisa eleger prioridades e resolver o problema. “O Governo Federal não repassa verba. É incompetente. O Governo do Estado e a Prefeitura precisam se posicionar para resolver os problemas da saúde”, apontou.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) destacou que sem recursos não tem como prover o hospital. O deputado João Jaime (DEM) afirmou que “o ex-governador Cid Gomes construiu 20 policlínicas que não funcionam, 20 centros de especialidades odontológicas (CEOs) que não funcionam, enquanto deveria ter aplicado a verba em equipamentos que já existiam na saúde pública”.
O deputado Agenor Neto (PMDB) destacou que é preciso conseguir, em Brasília, recursos para a saúde pública do Estado.
GM/AT