“Evidente que isso não é desculpa para a população que precisa de um serviço. Uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) atendia 300 pacientes por dia. Hoje está recebendo 600. Isso porque nós vivemos um momento atípico.
Evidente que as pessoas procuram os hospitais de emergência. O Ministério da Saúde afirma que 81% dos pacientes procuram primeiramente o serviço de emergência”, destacou.
O parlamentar informou que os hospitais do Estado estão recebendo as pessoas normalmente. “Para mostrar como é uma situação atípica, teve uma reportagem feita no domingo que mostrava as pessoas nos corredores. Eu tenho uma fotografia dos corredores do HGF no sábado, e não tinha uma pessoa nos corredores”, disse.
Ainda segundo o parlamentar, não está faltando, nesse momento, nenhum material nos hospitais, e as cirurgias eletivas nunca pararam. “Sobre o Hospital São José, houve uma informação equivocada para a população dizendo que estava faltando soro. Tinha soro nos hospitais. Não tinha de 250 ml, mais tinha de outros tipos”, observou. “Já foram conveniados o Hospital da Mulher e o antigo Hospital Luiz França para atender as crianças do Estado”, complementou.
Ainda em seu pronunciamento, Welington informou que o governador irá lançar, nesta semana, um plano emergencial da saúde para o Estado. “Da mesma forma como ele lançou na segurança, ele lançará na saúde”, pontuou.
Em aparte, o líder do governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT) disse que é preciso que se fale que há mais de 16 anos não é corrigida a tabela do SUS. “É preciso que possamos analisar os repasses federais. Foram fechados 1.200 leitos conveniados com o SUS, mas o governo abriu mais de mil”, informou.
Os deputados Carlos Felipe (PCdoB), Leonardo Pinheiro (Pros), Odilon Aguiar (Pros) e Júlio Cesar Filho (PTN) também concordaram com o pronunciamento de Welington Landim. “Ao longo dos anos temos visto uma uma redução do percentual de investimentos da União”, destacou Carlos Felipe.
“O governo tem feito um esforço muito grande para cumprir suas promessas de campanha. Um dos pontos mais importantes é que ele praticamente dobrou sua capacidade de internamento no HGF”, informou Leonardo Pinheiro.
Já o deputado Carlomano Marques (PMDB), em aparte, discordou dos argumentos apresentados por Welington Landim e pelos deputados da base governista. “Todas as falas foram divergentes. Um diz que a culpa é Governo Federal, outro diz que São Paulo tem mais dengue que Fortaleza. Sei o quanto é difícil defender o indefensável. Cada um puxou um assunto que não tinha nada a ver com o outro. Eu vou concluir que o culpado é o povo que adoece. Vejo que há tanta contradição, que passo a perceber que a culpa é do povo, que teima em adoecer”, ironizou.
DF/CG