O parlamentar informou que aconteceram 24 assassinatos na capital, 20 no interior do Estado e 18 na Região Metropolitana de Fortaleza. “Se adicionarmos as nove mortes causadas por acidentes de trânsito, são 71 mortes violentas durante o feriado”, disse. Ely Aguiar acrescentou que os dados levantados por ele foram contabilizados a partir da meia-noite de quinta (2/4), enquanto a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) só teria contabilizado as mortes ocorridas a partir das 18h.
“Não queria que isso acontecesse, mas essa é a realidade dos fatos. Foram mais mortes que o registrado e, fora essa diferença de horário, não achei nada que fizesse a Secretaria contabilizar menos assassinatos. Não sei quais são os critérios adotados que fazem essa conta dar errado”, afirmou. Na avaliação do deputado, a maioria dos homicídios tem como principal causa o envolvimento com drogas.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), defendeu o reconhecimento dos avanços na segurança pública do Ceará. “Os números da violência ainda estão distantes do desejado, mas existe evolução”, comentou.
O deputado avaliou ainda que não cabe aos parlamentares questionar a metodologia utilizada pela Secretaria no levantamento dos homicídios. “O deputado Ely Aguiar, se assim quiser, pode questionar esses dados ao secretário da Segurança, Delci Teixeira, que virá a Assembleia apresentar os números e explicar os índices”, afirmou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) observou que a diferença do horário do levantamento do deputado Ely Aguiar e o da Secretaria de Segurança gera uma diferença de 14 pessoas. “Se querem enfeitar as estatísticas, cabe a nós, sim, questionar um Estado onde se morre uma pessoa por hora. O Governo precisa acordar”, apontou.
O deputado Walter Cavalcante (PMDB) ressaltou que “é preciso sair do discurso e ir para a prática”. “Estamos fazendo de conta que está tudo bem, mas não está. É preciso ações”, defendeu.
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