Elmano disse que a empresa responsável pelo sistema de semáforos da Capital está há dois anos prestando serviços sem receber da Prefeitura. O parlamentar contestou informação atribuída ao prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, segundo a qual a empresa não estaria querendo fazer o serviço e estava sabotando a Prefeitura.
O deputado disse ainda que, conforme informação repassada pela empresa, “a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins encerrou sua gestão sem dever nenhum centavo a ela”. Já a atual gestão, complementou, “não repassou o que deve pelos serviços prestados em 2013, cerca de R$ 5 milhões, e o que deve de 2014. São R$ 9 milhões que a Prefeitura deve à empresa por serviços efetivamente prestados, conforme já foi admitido pelo próprio Roberto Cláudio”, afirmou.
Elmano admitiu que houve atrasos de pagamentos na administração passada, mas disse que nunca a Prefeitura deixou de pagar. “No governo de Luizianne havia atraso de um, dois e até três meses, mas não pagar por dois anos e dizer que é a empresa que está boicotando, isso não é correto”, desabafou. Ele sugeriu ao prefeito Roberto Cláudio que busque, junto com o secretário de Finanças, uma solução para o problema da dívida.
Sobre o transporte complementar, Elmano disse que a prefeita Luzianne Lins recebeu um sistema caótico, mas tentou resolver o problema: congelou passagem, fez isenções e organizou o sistema de transporte complementar, reunindo as vans numa só cooperativa.
Entretanto, o sistema de transporte complementar enfrenta uma crise e, das 320 vans que existiam, hoje só restam 120 operando, disse o deputado. Um dos problemas apontados é a transferência para a cooperativa da manutenção mecânica das Vans. Segundo Elmano, isso tem gerado uma série de dificuldades para a cooperativa. A ideia é que os proprietários dos carros arquem com essa manutenção.
Segundo o deputado, a outra solução apontada pela audiência pública é a concessão da isenção de IPVA e ICMS às vans que atuam no transporte complementar, a exemplo do que já é garantido aos ônibus. Projeto de indicação propondo a isenção foi apresentado pelo deputado Bruno Pedrosa (PSC) e será levado ao governador Camilo Santana por uma comissão de parlamentares, conforme informou Elmano Freitas. “Seria uma forma de dar uma folga financeira a esses trabalhadores”, destacou.
Em aparte, o deputado Heitor Ferrer (PDT) elogiou a ideia de formar uma comissão de deputados para levar pessoalmente ao governador Camilo Santana o projeto propondo a isenção de ICMS e IPVA aos trabalhadores do transporte complementar.
WR/CG