Segundo o parlamentar, a matéria vai beneficiar estudantes carentes, que comprovem ter cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. No caso, seriam reservadas 45% das vagas, por curso e turno, para os alunos que atendam aos requisitos.
Zé Ailton argumentou que a falta de oportunidade de ensino é uma das causas da desigualdade social. “A questão da educação faz total diferença. Alunos que cursaram escolas públicas muitas vezes não conseguem garantir sua vaga para o ensino superior. A Universidade Estadual do Ceará (Uece) foi pioneira aqui no Estado com essa política de cotas e, com esse projeto, estenderemos essa medida a todas as instituições de ensino superior”, defendeu.
Em aparte, a deputada Dra Silvana (PMDB) se posicionou contra o projeto, pois considerou que as cotas corrigem uma injustiça criando outra maior. “Aquele pai que se sacrifica para pagar uma escola melhor para o seu filho se sente punido”, explicou.
Já o deputado Capitão Wagner (PR) avaliou que a política de cotas é uma boa medida para diminuir a desigualdade, mas que seria necessário discutir a amplitude dela.
O deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que uma forma de avaliar essa política seria justamente discutir a amplitude e seu prazo, evitando que a população se torne dependente do programa.
O debate da proposta foi defendido pelo deputado Joaquim Noronha (PP), para que não se crie um instrumento que possa gerar certo comodismo em parte da população.
LA/GS