Segundo Carlos Felipe, várias instituições civis já debateram nacionalmente a questão e, agora, estão apresentando um projeto de lei de iniciativa popular, com mais de 1,5 milhão assinaturas, para realizar a reforma.
De acordo com o deputado, pesquisa realizada por essas entidades aponta que 85% da população é favorável à reforma política e 80%, contrária ao financiamento privado de candidaturas. Carlos Felipe destacou ainda que 82% dos pesquisados querem que a reforma aconteça por meio de iniciativa popular. Ele informou que essas entidades são contrárias ao voto distrital, já adotado na época do Império e na Ditadura Militar.
“O PCdoB apoia essa coalização (de entidades). Não é possível se viver em um país onde o poder financeiro é mais importante do que os interesses pessoais. Não é possível que lobbies elejam deputados que vão defender os seus interesses e não da massa da população brasileira”, avaliou o parlamentar. Carlos Felipe defendeu também o fortalecimento de mecanismos de controle social, como a Polícia Federal e o Ministério Público.
O deputado aproveitou o discurso para retificar informação publicada pelo jornal O Povo de que ele não teria ficado satisfeito com a audiência pública que tratou das obras do Acquario Ceará, realizada nesta quarta-feira (04/03). Carlos Felipe esclareceu que o encontro correspondeu às suas expectativas, sanando todas as dúvidas que tinha sobre a construção desse empreendimento.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) avaliou que é a política e a luta que mudam a vida. Por isso, na opinião dele, a pauta central do País é a reforma política. “Temos que combater a antirreforma que está em debate no Congresso Nacional. A política está sendo capturada pelas corporações econômicas”, alertou.
Já a deputada Mirian Sobreira (Pros) defendeu que a Casa não pode ficar de fora da discussão da reforma. A parlamentar também comentou que, em sua avaliaçao, a política é o espaço mais difícil de ser desbravado pela mulher. “Precisamos assegurar espaços para a representação feminina”, disse.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) considerou que há outros assuntos prioritários, além da reforma política, citando como exemplo o combate à violência. “O Congresso é uma Torre de Babel e cada um fala o que pensa. Sou contra o financiamento público de campanha. Defendo que seja estipulado um teto de gastos para cada região”, argumentou.
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