O deputado cobrou do governador Camilo Santana uma resposta, “para não deixarmos que o Issec morra”. Os repasses, conforme informou, estão atrasados há cerca de quatro meses, “e a população é que está pagando por isso”.

Capitão Wagner pediu muito zelo aos deputados quando criticarem “quem porventura não assinar um pedido de CPI”. Ele ponderou que muitos parlamentares não assinam porque não são abordados nesse sentido, “e, consequentemente, são retratados de maneira errônea pela imprensa e mídias sociais”. O comentário é referente às poucas assinaturas coletadas para a implantação da CPI da Petrobras na Câmara Federal.

Em aparte, os deputados Heitor Férrer (PDT), Elmano de Freitas (PT), Tomaz Holanda (PPS) e Walter Cavalcante (PMDB) se posicionaram em relação às questões levantadas por Capitão Wagner.

Para Heitor Férrer, o que se passa com relação aos pagamentos do Estado é impressionante. “Houve uma retenção de recursos por parte do Governo, e as clínicas, no caso do Issec, estão se descredenciando por falta de pagamento. E olha que estamos falando de um novo governo apoiado pelo antecessor”, analisou.

Já Tomaz Holanda destacou a demissão de 450 funcionários terceirizados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematece). “Em sua campanha, Camilo Santana prometeu concurso para a Ematerce devido à necessidade de ajudar o homem do campo, mas o que estamos vendo é o oposto”, disse.

O deputado Walter Cavalcante, por sua vez, cobrou uma maior agilidade na “transição entre os governos”. “Não se faz uma transição de governo da noite para o dia, mas essa demora está prejudicando os trabalhadores e a população de um modo geral”, defendeu.

Quanto à CPI da Petrobras, Elmano de Freitas lembrou que o Colegiado não terá acesso aos autos, atas e depoimentos coletados pela Polícia Federal. “Dessa forma, essa CPI mais parece palanque ou revanche do que a vontade de apurar propriamente dita”, refletiu.

PE/JU