De acordo com Roberto Mesquita, as “mazelas” são tornadas públicas porque hoje há liberdade e transparência de informações. O deputado destacou que, apesar das denúncias, o Brasil tem uma produção que dá autonomia ao país no consumo de derivados do petróleo. “A Petrobras tem um patrimônio líquido duas vezes maior do que o valor das suas ações no mercado”, acentuou.
Para Roberto Mesquita, o clima do País é bem diferente ao que levou à cassação do então presidente Collor de Mello. O parlamentar destacou que, naquela época, Paulo César Farias, tesoureiro de campanha de Collor, foi apanhado em esquema de desvio de dinheiro. “Não encontro, à luz do que enxergamos, nada que possa levar a presidente Dilma Rousseff à perda do mandato”, afirmou.
O deputado do PV disse ainda não acreditar que Dilma esteve envolvida em nenhum ato desonesto. Mas, para ele, está faltando uma melhor comunicação do Governo, explicando os atos impopulares realizados, como a elevação de preços de combustível e de energia e o aumento dos juros. “Nenhum brasileiro entende que a presidente agiu de má fé”, avaliou. Roberto Mesquita frisou que as tentativas de desestabilização do país prejudicam toda a população. O parlamentar rechaçou ainda um parecer do jurista Ives Gandra Martins, ligado ao PSDB, que apontaria indícios para um pedido de cassação do mandato de Dilma.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) disse que o Brasil assiste hoje “o maior estelionato eleitoral da história do País”. Segundo o parlamentar, a presidente foi eleita com uma plataforma programática e, ao assumir o segundo mandato, adotou medidas totalmente opostas.
De acordo com o deputado, chegam a R$ 88 bilhões as perdas com a corrupção no caso da Petrobras. Ele observou que o Brasil vive uma das piores situações causadas por erros políticos demagógicos da presidente. “Mesmo com a crise de água, baixou o preço da energia, estimulando mais consumo. Agora, aumentou a tarifa da energia e o preço da gasolina, coisas que ela disse que não iria fazer. Hoje, 77% da população acha que ela sabia também da corrupção da Petrobras”, completou.
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