Dedé Teixeira explicou que o debate foi proposto em razão das dificuldades que os municípios cearenses têm para se adequar à lei que instituiu no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Esse modelo português consiste em uma tecnologia de baixo custo e que funciona em pequena escala, além de reaproveitar 100% do lixo”, assinalou.
Na avaliação do petista, o Governo Federal não abrirá mão de obrigar os gestores municipais a adequarem o processo de descarte dos resíduos, e por isso os municípios precisam urgentemente de modelos e estratégias que possam proporcionar um destino sustentável desses materiais, o que resultará em mais investimentos e gastos para a coleta, adequação e transformação do lixo que produzem. “Há a necessidade de compreender que precisamos de políticas públicas nesse sentido”, ressaltou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) disse que a tecnologia apresentada no modelo português de reciclagem representa uma contribuição enorme ao meio ambiente. “Materiais que levariam séculos para se decompor têm 100% de reaproveitamento, além de material orgânico que se transforma em adubo, sem gerar cheiro desagradável, bem diferente do que acontece nos nossos lixões”, observou.
Já o deputado Professor Pinheiro (PT) lembrou a necessidade de fortalecer os convênios municipais. “Esses convênios entre Governo Federal e prefeituras têm mostrado resultados, então deveríamos viabilizar mecanismos para fortalecê-los”, disse.
PE/AT