A matéria, “O Ceará que Camilo Santana está recebendo de Cid Gomes”, apresenta o que melhorou e o que piorou no Estado desde 2006, quando Cid Gomes assumiu o Governo. “Analisando esses últimos oito anos, temos a convicção de que o Governo falhou onde mais se esperava dele. E o próximo Governo, sendo continuidade do atual, além de cumprir os compromissos que assumiu durante a campanha eleitoral, terá de honrar compromissos que não foram concluídos pelo Governador Cid nos seus oito anos de gestão”, disse.
Segundo a parlamentar, o atual Governo foi eleito e reeleito apresentando aos cearenses a promessa de que reduziria a criminalidade no Estado. “O que vimos foi justamente o contrário. O governador eleito Camilo Santana assumirá um Estado muito mais violento do que era em 2006. Naquele ano, 1.793 assassinatos foram registrados. Em 2013, 4.395. Até outubro deste ano, a Secretaria de Segurança Publica registrou 3.679. Investiu-se muito, mas investiu-se mal”, avaliou. Conforme Eliane Novais, é preciso reformular o que vem sendo feito, porém, com um diálogo amplo com a sociedade, especialistas e todos os setores do Poder Público.
Outra área em que se esperava muito do Governo é a da saúde, segundo a deputada. “Ninguém nega os importantes equipamentos que foram construídos: hospitais regionais, as UPAs e as policlínicas. No entanto, a área da saúde é a mais mal avaliada pelo povo cearense, numa demonstração de que este governo investiu em concreto e cimento, mas pouco investiu no capital humano. E saúde não se faz somente com concreto e cimento”, avaliou.
Em seu pronunciamento, a deputada lembrou que, nesses oito anos de governo Cid, não foi feito sequer um concurso público para médicos, e destacou ainda o descaso do Governo com os hospitais filantrópicos. “E, ao mesmo tempo em que hospitais foram construídos, vimos os hospitais filantrópicos, que exercem papel fundamental no atendimento à saúde pública, continuarem vivendo as mesmas dificuldades estruturais e problemas financeiros”, acrescentou.
Na seca, considerada a pior dos últimos 60 anos, Eliane Novais afirmou que o Governo do Estado não conseguiu desenvolver uma real e concreta política de convivência, que foi uma recomendação feita pelo pacto pela convivência com o semiárido promovido por esta Casa.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que nos próximos quatro anos o parlamento vai perder grande voz de cobrança. “Uma voz importante para o Ceará. A voz da senhora tem sido de frequente cobrança em relação a tudo aquilo que é importante”, disse. O parlamentar também destacou o grande desafio que terá o próximo governador nas três áreas citadas pela parlamentar, que passam por um momento difícil no Estado.
LS/AT