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Coluna Política - QR Code Friendly
Sexta, 21 Novembro 2014 06:14

Coluna Política

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  CAMILO E O PRIMEIRO ANOO governador eleito Camilo Santana (PT), na entrevista de ontem nos “Debates Grandes Nomes”, comentou as dificuldades projetadas para o próximo ano, assunto tratado na coluna de ontem. Disse que, efetivamente, as transferências de recursos federais não caíram. A questão é que o aporte do Tesouro estadual para áreas fundamentais – saúde e educação, sobretudo – tem crescido muito mais. Em função dos hospitais, policlínicas, unidades de pronto atendimento (UPAs), escolas profissionalizantes e outras estruturas construídas. Trata-se de incremento importante à rede de serviços públicos, é claro. Antes de eles existirem, a proporção federal no financiamento dessas áreas era bem mais significativa. Porém, com as novas estruturas a manter, o Estado passou a gastar muito mais. A parte federal não cresceu na mesma proporção. É isso que Camilo vai buscar. O que vem a ser coisa diferente, de fato, de queda das transferências da União. O pleito é justo. Os investimentos foram em serviços para a população. Por outro lado, é o tipo de coisa que precisava ter sido planejada. Não dá para construir e depois ver o que faz com o equipamento pronto. Todo administrador público sabe que o custeio – o gasto fixo com que se compromete – é problema muito maior que o investimento para erguer a obra. No caso da saúde, desde que começou a ampliação da rede promovida por Cid Gomes, já surgiu a preocupação com essa conta. NOTAS SOBRE A ENTREVISTA DE CAMILOA promessa de Camilo Santana de blindar da politicagem partidária a Secretaria da Cultura é positiva sinalização da prioridade que, realmente, parece querer dar à área. Daí a destinar ao setor recursos, prestígio político e poder vai certa distância, mas é um começo. Ouvir o setor cultural na escolha do secretário é inteligente ao dividir a responsabilidade com segmento extremamente crítico, influente, de voz ativa, com muito lobby e, uma pena, extremamente dependente de financiamento público. A dúvida é saber como tentar algo próximo de uma opinião comum em área tão diversificada. Camilo falou, também, sobre as informações de que a refinaria no Pecém seria adiada pela Petrobras. O governador contou que levou o assunto à presidente Dilma. Dela disse que ouviu que não haverá adiamento e que o compromisso com a obra está reafirmado. Para anotar. Interessante sinalização política foi a declaração de Camilo de que procurará os três senadores do Estado. José Pimentel (PT), que não se engajou em sua campanha, é o que tem de mais próximo de um senador aliado. Os outros dois – Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB) – puxavam a chapa adversária.
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