De acordo com Eliane Novais, a principal reivindicação do grupo, desta vez, é a realização de um concurso público. “Os cargos já existem, mas não há, depois de quase um ano da paralisação anterior, previsão de concurso. É preciso apenas que se autorize, em caráter emergencial, haja vista que o certame se propõe a repor as vagas abertas em decorrência das aposentadorias”, observou.
Eliane Novais explicou que há na Universidade Estadual do Ceará (Uece) 163 vagas aguardando serem preenchidas. No total, nas três universidades (Uece, Universidade Estadual Vale do Acaraú e Universidade Regional do Cariri), a demanda é de mais de 800 docentes, estimou.
Outros acordos não cumpridos, de acordo com Eliane, foram a regulamentação de todas as leis do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos e a expansão da estrutura do campus da Uece de Itapipoca. “A situação dessas universidades é emergencial, portanto, deve ser tratada como tal, como prioridade”, frisou.
A parlamentar ressaltou a importância de se reconhecer a importância das universidades estaduais para o desenvolvimento do Ceará em todos os níveis. “A Uece é considerada uma das melhores universidades do Nordeste. Mas esse mérito, porém, se deve ao desempenho dos professores, servidores e estudantes do que pela atual condição de funcionamento delas”, reforçou.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) se solidarizou com a situação dos grevistas e reforçou a necessidade urgente de se implantar melhorias nas universidades e de se valorizar seus funcionários.
Já o deputado Roberto Mesquita (PV) elogiou o discurso de Eliane Novais, e afirmou que a AL ficará com uma lacuna, com sua saída no próximo ano. Para Roberto Mesquita, “dificilmente outro parlamentar se equipara a Eliane Novais na defesa das categorias”.
PE/AT