Durante seu pronunciamento, Heitor questionou valores a serem empregados na compra de portas blindadas e luminárias de LED, classificadas por ele como artigos de luxo. Sarto informou que a construção do prédio é uma parceria entre o Ministério da Justiça e o Governo do Estado, em que o Ministério entraria com R$ 50 milhões em equipamentos e o Governo com R$ 34 milhões para construção do espaço físico.
“Essa parceria só é feita com as cidades que serão sede da Copa do Mundo. Será um prédio de 7.500 m², divididos em quatro andares. Nesse espaço, teremos uma sala que abrigará um Data Center, recepcionando todas as informações das Polícias Militar e Civil com tecnologia de ponta. Para tanto, é necessário que a sala tenha essas portas blindadas, para proteger essas informações privilegiadas e vitais para a segurança do Estado”, explicou o líder.
Sobre as luminárias questionadas por Heitor, Sarto esclareceu que não se trata de apenas uma lâmpada, mas de um módulo que abriga mais de 54 lâmpadas de LED, justificando o custo de R$ 2.153,00.
Para o deputado, a quinta capital do País não pode economizar quando se trata de segurança pública. Sarto afirmou que o Governo do Estado colocará, no mês de maio, 1.150 policiais militares nas ruas de Fortaleza, que, na sequência, serão redistribuídos para outras cidades do Estado. “A partir de maio, de cada dois policiais que estiverem na rua, um terá sido contratado pelo Governo”, acrescentou.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) disse que reconhecia os investimentos do Governo na segurança pública, mas que os resultados não têm sido proporcionais, trazendo à população o sentimento de que está jogando dinheiro fora. O deputado Roberto Mesquita (PV), por sua vez, afirmou que o Governo justifica suas obras de altos custos com os empréstimos dos outros. “Precisa fazer uma sala de blindagem dentro de um quartel? Não é porque é um convênio do Governo que a gente tem que aceitar. Temos o direito e o poder de discutir projetos”, afirmou Mesquita.
Já o deputado Heitor Férrer (PDT) disse que o que questiona é o luxo do espaço físico. “Se tudo isso que está sendo gasto tivesse redundado em segurança pública, nós iríamos querer que se gastasse até R$ 300 milhões”, disse Heitor.
Deputados da base aliada do Governo, Tin Gomes (PHS) e Júlio César Filho (PTN) afirmaram que o problema da violência não é só o investimento, mas outros fatores, como o tráfico de drogas e a insegurança nacional.
LA/CG