O deputado convidou os demais parlamentares a conhecerem as comunidades que moram à margem do Riacho Doce, no bairro Panamericano, em Fortaleza. “Quero que os senhores conheçam a Travessa Maranhão, o Beco da Fabiana e o Beco da Bosta. Uma palavra que pode parecer grosseira, mas é o nome do local, porque não tem saneamento básico. São localidades onde a Cagece já foi provocada várias vezes, e nós estamos fazendo cota e executando o trabalho do Poder Público”, ressaltou o parlamentar. Ele ainda citou bairros como o Pici, que surgiu por invasão, e que ainda não está saneado completamente.
“O direito ao saneamento faz parte do processo de cidadania”, disse o parlamentar. Roberto Mesquita fez uma relação entre as grandes obras do Estado e a condição em que vivem essas comunidades, afirmando que pouco mais de 50% da Capital tem saneamento. “Temos o Centro de Eventos com agenda lotada até 2030, o Castelão lindo. Agora estamos construindo um Acquario. O problema é que os fortalezenses ainda não podem pisar o chão seco quando acordam, pois boa parte da cidade não tem saneamento”, pontuou.
Roberto Mesquita questionou as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) realizadas em Juazeiro do Norte, no Cariri e em Sobral, no norte do Estado. “É mais barato pagar um táxi para cada um dos moradores do Cariri do que custear o subsídio do VLT de Juazeiro. Em Sobral, já tem trilho de trem e o que está faltando para começar a funcionar? Ou o Governo é incompetente ou não quer trabalhar”, criticou.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) solicitou esclarecimentos do Governo Estadual sobre os VLTs de Juazeiro e Sobral. “No de Juazeiro, o passageiro entra com R$ 1 e o governo com R$ 17, que subsídio gigante é esse? E o VLT de Sobral? Dizem que foi mal planejado e que o trem não faz as curvas do trilho colocado. E tem ainda a adutora de Itapipoca. Na hora de ligar a torneira, papoca tudo. Não são casos isolados, são recorrentes”, afirmou o parlamentar. No caso do saneamento, o deputado disse que não há interesse do Governo em investir.
O deputado Camilo Santana (PT), por sua vez, afirmou que 57% da Capital tem saneamento básico. Segundo ele, em todo o Estado, o índice é de 37%. Números considerados baixos, mas existe uma meta do Governo, que é sanear 80% de Fortaleza até 2016. “Hoje temos R$ 1,4 bilhão de recursos para esgotamento sanitário. Temos metas e um planejamento traçado”, esclareceu.
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