O parlamentar afirmou que a dominância do grupo vai desde a concessão do lixo da Capital cearense, por 40 anos, “à maior obra do Porto do Pecém”. Mesquita disse que a influência da Marquise não se limita à área estadual do Governo Cid Gomes, mas também foi grande no âmbito municipal, na gestão de Luizianne Lins, “e em áreas que ele não tinha nenhuma expertise. É de estranhar que esse grupo continue mandando e tendo tanto acesso no Estado”, reiterou.
O parlamentar afirmou que lhe causa “estranheza” a promessa do governador Cid Gomes, que, ao construir o último hospital regional, venha a ser uma parceria público-privada. Essa modalidade, segundo ele, “está contaminando o governo Cid Gomes”. Ele acusou a construtora de se unir a empresas para ganhar licitação. Roberto Mesquita pediu que a Comissão de Fiscalização e Controle da Casa convide o Grupo Marquise para explicar “o que faz o grupo ser curinga em todas as obras”.
Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PSD) discordou do posicionamento de Mesquita, afirmando que a empresa deveria ser enaltecida, por ser cearense, “que cresceu e se tornou gigante no setor dela”. Em relação à parceria público-privada, ele destacou o êxito em obras como a do Castelão, cujo preço foi o menor e o prazo mais rápido do Brasil. “Se o Governo Federal ou Estadual vai construir hospitais, as empresas que têm qualificação correm para aquilo que têm especialização”, justificou, acrescentando que o importante “é ganhar legalmente e ter qualidade”.
O deputado José Sarto (Pros) destacou a transparência do processo licitatório e a competência da Marquise. “Todo o certame licitatório o Estado cumpre rigorosamente. Se a empresa venceu, é mérito da empresa”, argumentou.
LS/AT