O deputado chamou atenção para os perigos de se andar sem capacite e com mais de duas pessoas em uma motocicleta. Para ele, os prefeitos devem aumentar a fiscalização e a punição aos infratores. “Quando o governador e os prefeitos querem tomar alguma atitude mais séria, a população normalmente não entende, se revolta”, constatou.
Outra preocupação de Lucílvio se refere ao atendimento aos acidentados. O deputado, que é médico e atua no Instituto Dr. José Frota (IJF), destacou a dificuldade em se conseguir vagas em UTI para os motociclistas que ocupam os corredores do hospital.
De acordo com o parlamentar, para os casos mais simples, pode-se demorar de quatro a cinco meses para que o acidentado consiga passar por uma cirurgia. “Aí vai atrás do INSS, de se aposentar, dando prejuízo à União, ao Estado e ao Município”, disse. “O problema é crônico, isso vem de Brasília, mais de 18 anos que não tem aumento do Sistema Único de Saúde (SUS), o que causou o fechamento de vários hospitais de trauma em Fortaleza”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Tomaz Holanda (PMN) afirmou que 50% dos pacientes que chegam ao IJF são acidentados de motos. “Infelizmente, não vejo ação fiscalizadora dos municípios”, ressaltou. “O que há de pacientes acidentados de motos, na salvaguarda de esperar tratamentos no IJF e em outros hospitais, é coisa que exorbita”, destacou o deputado Fernando Hugo (SDD). O parlamentar sugeriu a implantação de um hospital metropolitano para atendimento de trauma.
O deputado Roberto Mesquita (PV) defendeu medidas de fiscalização. “Não se deve confundir a multa que educa, que inibe o acidente, que adverte o motorista, da que alimenta os cofres de empresas que são beneficiadas em contratos com o Estado”, pontuou.
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