A deputada citou a previsão da quadra chuvosa feita pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), que prevê um possível terceiro ano de seca, com apenas 35% de chance de chuva em torno da média. “Esperamos que as chuvas pontuais que estão acontecendo mudem essa previsão, mas não podemos só contar com isso”, pontuou.
Eliane Novais afirmou que várias ações estão sendo realizadas pelos governos municipal, estadual e federal, mas, no momento, é preciso atuar de maneira mais emergencial e solicitou que um novo plano de ações fosse elaborado. “Temos que trabalhar como sendo mais um ano de seca. É preciso mudar a concepção e melhorar a convivência com o semiárido, que exige prevenção à seca. Sabemos que falta gente para fiscalizar”, ressaltou.
A parlamentar destacou a campanha realizada em São Paulo pela companhia de saneamento daquele estado, em que a redução no consumo de água reflete automaticamente na diminuição do valor da conta no final do mês. “Se o consumidor diminuir pelo menos 20%, ganha redução da conta de 30%. Se não conseguir, não tem prejuízo algum. Ou seja, é uma medida preventiva educativa”, disse Eliane, ao sugerir uma ação similar no Ceará. “Precisamos dizer para a população que não pode lavar a calçada e nem tomar banho de 15 minutos. O Governo precisa agir preventivamente, com propagandas que tragam o uso racional da água”, observou.
Eliane Novais comentou ainda sobre o aumento no valor do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) em Fortaleza. A deputada sugeriu a criação de uma comissão para acompanhar o que aconteceu entre a aprovação do reajuste das alíquotas na Câmara Municipal e a definição dos valores pela Secretaria Municipal de Finanças. ”Só quando o boleto chegou é que percebemos que fomos enganados. Nós, deputados, devemos abrir essa caixa preta e trabalhar juto ao parlamento municipal para esclarecer o caso”, afirmou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou que os parlamentares também foram vítimas no caso do IPTU. “Ouvimos a defesa ao prefeito Roberto Cláudio, ma o aumento não foi aquele acordado com a população”, disse.
Os deputados Antonio Carlos (PT) e Fernanda Pessoa (PR) também falaram sobre a necessidade de conscientização da população para ao uso racional da água. “O poder público tem responsabilidade e precisa incentivar a conscientização”, assinalou Antonio Carlos. Fernanda Pessoa citou uma campanha feita no condomínio onde mora. “O síndico contratou um técnico, que verificou nos apartamentos se estava tendo algum desperdício de água. Isso é campanha de prevenção e tem bons resultados”, pontuou.
YI/AT