A parlamentar destacou que apresentou projeto de indicação direcionado para a prevenção da doença em meninas de 11 a 13 anos. A matéria sugeria ao Poder Executivo a disponibilização da vacina contra o HPV e câncer de colo de útero nas unidades de saúde públicas do Estado. A matéria foi aprovada por unanimidade pelos deputados estaduais da Assembleia Legislativa, “mas infelizmente não foi sancionada pelo excelentíssimo senhor governador do nosso Estado, Cid Gomes”, disse.
Com a ação do Ministério da Saúde, a partir do próximo dia 10 de março, cerca de cinco milhões de meninas de todo o Brasil deverão ser imunizadas contra o papilomavírus humano, conhecido como HPV, que previne contra o câncer de colo de útero. “Só no Ceará são cerca de 165 mil meninas. A escolha da faixa etária do público-alvo justifica-se pelo maior potencial de produção de anticorpos contra o vírus por organismos ainda jovens. Outro motivo é atingir quem ainda não iniciou a vida sexual e fazer da campanha o primeiro passo de conscientização, orientação e proteção a futuras mulheres e, consequentemente, também homens”, ressaltou .
A parlamentar explicou que o câncer do colo do útero é o segundo tumor mais comum entre as mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer. “Infelizmente, por ser diagnosticado tardiamente, na maioria das vezes, 50% das mulheres morrem em cinco anos após o diagnóstico, totalizando mais de 270 mil óbitos por ano no mundo por conta da doença”, lamentou.
A primeira aplicação da vacina, conforme explicou Fernanda Pessoa, foi estabelecida para o período entre 10 de março e 10 de abril, nas escolas públicas e privadas. “A disponibilização dessa vacina na rede pública é uma batalha vencida na luta pela saúde da mulher brasileira. E, nós, deputadas da Frente Parlamentar da Mulher, representantes da classe feminina nesta Assembleia Legislativa, continuaremos na luta pelos direitos de uma saúde pública de qualidade”, pontuou.
A deputada também criticou a demora no atendimento nas unidades de saúde. “No HGF verificamos uma fila de cerca de 800 pessoas, que chegavam ao hospital em busca de marcar consultas, que pareciam ser inacessíveis. Pacientes enfrentavam dificuldades na hora de agendar consultas, retornos ou marcar exames. Desde o ano passado a situação é a mesma”, afirmou.
Em aparte, os deputados Leonardo Pinheiro (PSD), Mirian Sobreira (Pros) Dr. Pierre (PCdoB) e Antonio Carlos (PT) elogiaram o pronunciamento de Fernanda Pessoa.
JS/CG