O parlamentar alertou para avanços inexpressivos da educação básica ao ensino superior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). “Pela primeira vez, em 15 anos, o analfabetismo voltou a crescer. De acordo com o levantamento, 8,7% da população com mais de 15 anos não sabe ler e escrever. Em países como Alemanha, essa taxa nem existe mais. E ainda há as diferenças entre os estados da Federação. O Sul sempre é beneficiado em detrimento do Nordeste”, pontuou, acrescentando apenas um dado positivo. Três estados do Nordeste conseguiram baixar a taxa de analfabetismo, mesmo que de maneira discreta. Entre eles, o Ceará, que reduziu de 16,5 para 16,3%.
Professor Teodoro reconheceu investimentos do Governo Estadual, mas acredita que as medidas estão lentas para a mudança necessária. “É preciso acelerar e investir mais recursos, seja no ensino superior como também na educação básica, senão só atingiremos a meta necessária em 2034”, afirmou.
O deputado citou pesquisa realizada pela Times Higher Education no ranking das universidades dos países emergentes. Apenas quatro instituições brasileiras aparecem. A Universidade de São Paulo (USP), na 11ª posição; a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 24ª posição; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 60ª colocação, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 87º lugar. “Só isso que conseguimos entre os 100 países emergentes. Três universidades paulistas e uma carioca”, observou.
O parlamentar acrescentou que, na rede pública, o gasto maior com aluno é no ensino superior. Segundo o deputado, em 2011, apenas 12% da população brasileira conquistou a graduação com um diploma. A média mundial é de 32%.
Nos últimos 10 anos, de acordo com Professor Teodoro, o Brasil avançou na disciplina de Matemática, mas ainda de maneira rudimentar e só nessa área. “O Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mostra que melhoramos na Matemática, mas, mesmo assim, 70% dos alunos não conseguem ultrapassar o primeiro nível. Melhorou quem tirava zero. E houve estagnação quando o assunto é compreensão de texto”, disse. O deputado citou os resultados do Pisa de 2012, em que a média do Brasil foi de quase um terço da média dos países desenvolvidos.
O deputado citou ainda a importância da educação para o crescimento do País. “Só pelo conhecimento é que vamos tirar o Brasil de onde estamos e impulsionar nosso crescimento, deixando de importar gente de fora para suprir nossas necessidades”, ressaltou.
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