Em nota publicada na última segunda-feira (18/11), Guimarães manifesta, em nome da bancada da sigla na Câmara, “perplexidade e profunda contrariedade com as ilegalidades cometidas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na condução do caso dos réus da Ação Penal 470, que foram condenados à prisão”.
Em seu pronunciamento, Dedé Teixeira considerou as diferenças de tratamento da mídia nacional nas denúncias da formação de cartel para fraudar licitações do metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), durante o governo de políticos do PSDB. “Nota-se a falta de democracia da mídia nacional quando trata da questão do maior ‘propinoduto’ do País, que é o dos trens e metrôs de São Paulo, e que pouco se viu na mídia”, apontou.
O deputado lamentou ainda o tratamento dado ao deputado José Genoino (PT-SP), cardiopata recém-operado. “Poderia ter tido um problema muito maior. O advogado está pedindo para que ele cumpra em regime domiciliar”, afirmou. Na avaliação de Dedé Teixeira, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) não condiz com a prática da Suprema Corte. “Muitos juristas, muitas autoridades dizem em alto e bom tom que muitos desses foram julgados injustamente, sem provas cabais”, assinalou Dedé.
Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) apontou que “os conservadores estão se aproveitando desse momento” para criticar o PT. O parlamentar registrou o crescimento da aprovação da presidente Dilma Rousseff na sociedade brasileira. O deputado Professor Pinheiro (PT), por sua vez, criticou políticos filiados ao PSDB e ao DEM, antigo PFL. “O PFL e o PSDB minguaram. O PSDB não tem nenhum deputado nesta Casa e o PFL, antigo DEM, tem três. O PFL mudou de nome por vergonha, mas é o velho PFL de guerra, conhecido por suas falcatruas”, opinou.
O deputado João Jaime (DEM) destacou que nove dos 11 ministros do STF foram nomeados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Entristeço-me quando vejo Pinheiro querendo desmoralizar o presidente do STF. Se vários membros do PT querem agora desmoralizar a Corte, é sinal de que o mensalão realmente existiu. Todo mundo assistiu ao julgamento e todo mundo tem sua visão muito clara. Não iremos influenciar em nada suas posições”, enfatizou João Jaime.
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