O deputado ressaltou que o Ceará é o principal produtor de caju do Brasil e a indústria cearense é responsável pela geração de cerca de 170 mil empregos diretos, 350 mil empregos indiretos e ocupa primeiro lugar na pauta de exportações. “O caju é um produto de grande importância na economia, que precisa ser valorizado e incentivado”, disse.
Manoel Duca salientou que, apesar da importância econômica, a cajucultura nordestina está passando por um período crítico com a seca, a falta de incentivos e as pragas que estão atacando as plantações de caju. “São necessárias medidas emergenciais e incentivos do Governo para que a cajucultura seja fortalecida”, afirmou.
O parlamentar apontou ainda que os produtores rurais que recebem os benefícios do Programa Bolsa Família não querem mais catar a castanha do caju. “O benefício é necessário, mas, nesse caso, quem recebe o benefício não quer mais trabalhar e a cajucultura fica desvalorizada”, disse.
O deputado criticou ainda o Estatuto da Criança e do Adolescente, que enquadra o trabalho infantil como crime. “O filho não ajuda mais o pai nas plantações porque é crime, mas pode sair por aí usando droga, que não é crime. São situações complicadas, que têm impacto até na economia da nossa região”, afirmou.
Em aparte, o deputado Sérgio Aguiar (Pros) ressaltou a importância de a sociedade conhecer a realidade de quem trabalha com a cajucultura. “O Estado sofreu bastante com a safra do caju este ano que foi reduzida. Além de existir escassez do produto, existe também ausência da mão de obra”, disse.
GM/CG