“Isso é muito ruim porque é estratégico para o Nordeste e para o Ceará. Como é um investimento que tem um grupo privado envolvido diretamente, corre o risco do trecho de Pernambuco ser concluído, no Porto do Suape, e se perder a resolutividade do Porto do Pecém. Não existe cronograma quanto à Transnordestina e sim uma planilha em que eles não entram num entendimento”, apontou.
Conforme o parlamentar, a iniciativa privada chegou a propor ao Ministério dos Transportes que a obra pudesse ser executada até pelo próprio Governo Federal. “É uma ação muito séria. A imprensa não sabe a gravidade da paralisação, que pode acarretar problemas para a população em futuro próximo, inclusive para a chegada de minérios ao Porto do Pecém e para o agronegócio cearense”, reiterou.
Em relação à transposição, ele afirmou que “o cronograma também está atrasadíssimo”. O deputado disse que o empreendimento “deveria ter ficado pronto em 2012, passou para 2014 e só será possível em 2015”. No entanto, contesta os descrentes, que chegaram a afirmar que a obra não saiu do papel. “A obra em Pernambuco já tá com 70% pronta. Essa pessoa precisar ir lá ver. Tá atrasada, isso não se tem dúvida”, disse, citando que em Brejo Santo e Jati estão sendo feito dois grandes reservatórios.
O parlamentar socialista informou ainda que o Cinturão das Águas, gerenciado pelo Governo do Estado, foi dividido em cinco lotes, destes, quatro de canais e um com dez túneis. Segundo ele, o prazo dado era de um ano e seis meses, mas já foi iniciado e o “governador está em cima. Ele fez uma reunião com todos os ganhadores e insistiu que trabalhem de dia e noite porque ele quer entregar em dezembro, com um ano e três meses”
Em aparte, os deputados Professor Pinheiro (PT), Ferreira Aragão (PDT), Camilo Santana (PT) e Fernando Hugo (SDD) endossaram a importância dos empreendimentos. Pinheiro disse que a transposição vai trazer mais segurança hídrica para o Interior, sobretudo para os Inhamuns e “esperamos que outros governos deem continuidade”. Ferreira Aragão afirmou que “a transposição é um baluarte, uma obra redentora”, mas chamou atenção para qualidade da água que vem principalmente do Rio Grande do Norte e Paraíba, cujos rios estão poluídos em razão de despejos das indústrias e empresas.
Camilo Santana ressaltou que a coisa mais importante da transposição foi a decisão política de iniciar a obra, “que é estruturante e vai resolver o problema da água no Estado”. O deputado Fernando Hugo (SDD) enalteceu o empenho de Welington em prol dos empreendimentos desde a época em que foi presidente da Casa, e afirmou que o Ceará está mais preparado que qualquer outro para receber a transposição.
LS/CG