O deputado apresentou, na tribuna, reportagem do jornal O Povo que trazia a discussão sobre o assunto. “Eu sou obrigado a discordar do secretário-chefe da Casa Civil do Ceará, Arialdo Pinho, que afirmou na matéria que a estrada é uma idiotice. Essa estrada traz desenvolvimento, facilita o acesso da comunidade e também vai escoar a produção de caju, castanha e coco”, afirmou o parlamentar, que acredita que a estrada não vai prejudicar o turismo. “Ao contrário do que disse Arialdo, a estrada vai alavancar ainda mais o turismo, a praia do Preá é conhecida pelos ventos e beleza e é muito procurada, será ainda mais. Não é por isso que estamos construindo o Aeroporto Internacional de Jericoacoara?”, questionou ele.
A Secretaria de Turismo do Estado encaminhou o projeto da estrada, que terá 12,7 km, orçado em R$ 4,7 milhões, para a Procuradoria-Geral do Estado, a fim de ser licitado. Segundo Manoel Duca, muitas comunidades vizinhas vão ser beneficiadas, e a estrada não terá que ser construída necessariamente com asfalto. “Se é essa a preocupação, pode ser de paralelepípedo, menos prejudicial ao maio ambiente, mas ela não pode é deixar de ser construída. Quanto mais estrada, mais desenvolvimento”, pontuou ele.
Ainda sobre a preocupação com o meio ambiente, o parlamentar afirmou que o Parque Nacional de Jericoacoara não será afetado. “Na parte ecológica ninguém pode mexer, agora o que não podemos é não permitir o acesso às comunidades. Aqui não discutimos o material empregado na estrada, de Cruz a Jijoca temos vários trechos de calçamento. Essa estrada é um anseio da população há dez anos”, disse o deputado.
Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) discordou do parlamentar, argumentando que o turismo será prejudicado na região, já que a preservação do lugar é o maior atrativo. “A praia de Cruz é um dos portais de entrada de Jericoacoara. Milhares de turistas visitam exatamente por conta da preservação da natureza. Sou contra o asfalto nessa estrada. O que as comunidades do Preá e da Caiçara querem é acesso digno, com drenagem, não necessariamente asfalto”, afirmou.
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