O parlamentar afirmou que não era a primeira vez que alertava para a situação no plenário e cobrou providências. “Há três meses eu subi nesta tribuna e chamei atenção do Governo para a problemática da seca. A seca chegou no Nordeste e eu não venho falar do Iguatu, dos Inhamuns ou do sertão central. Estou falando da região metropolitana”, disse o deputado, que ainda destacou cidades que estão sendo abastecidas por carros-pipas. “Ali no Jabuti, no Eusébio, pela BR 116, não tem água pra beber. Pindoretama, Cascavel, Maranguape, cidades a 20 quilômetros da Capital com poços e cacimbas secos”, pontuou.
Segundo o parlamentar é preciso investir em poços profundos, mesmo que a água seja sem qualidade, “se disser: a água é salobra; então instala uma unidade de dessalinização. Vamos rezar para que janeiro traga muita chuva, porque o prognóstico é severo”, afirmou Fernando Hugo.
Relembrando a seca de 1992 e 1993, o deputado destacou a construção do Canal do Trabalhador, que, mesmo trazendo uma água salobra, foi fundamental para a região. “Uma obra que mostrou raça e garra e até um pouco de loucura do governo Ciro Gomes, e que salvou Fortaleza”, pontuou ele.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) dividiu a preocupação do parlamentar e destacou o semiárido nordestino. “Nós temos 98% do território cearense no semiárido. E nosso lençol freático do litoral está exaurido. A situação só não é pior porque ainda temos o açude Castanhão, senão estaríamos num colapso de água”, disse João Jaime.
A deputada Eliane Novais (PSB), em aparte, chamou atenção para a situação precária dos açudes monitorados pela Cogerh. “Em outubro do ano passado tínhamos 43% dos açudes com menos de 30% da capacidade máxima. Hoje temos 88 dos 144 açudes monitorados com menos de 30%. O Estado precisa dar uma resposta à população”, ressaltou.
YI/CG