Deputado José Sarto (PSB)
Foto: Paulo Rocha
Em pronunciamento durante o segundo expediente da sessão plenária desta quarta-feira (25/09), o líder do Governo na AL, deputado José Sarto (PSB) voltou a defender a decisão do governador do Estado Cid Gomes de permanecer no PSB apenas para dar apoio à presidente Dilma Rousseff. De acordo com ele, “Cid tem um compromisso pessoal com o Ceará, e é importante lembrar que muitos dos projetos encabeçados por ele receberam apoio do governo federal”.
Sarto observou, também, que o PSB “tem uma grande preocupação, em nível nacional, visto que várias instâncias do partido em São Paulo, Pará, Paraíba, Minas Gerais, entre outros estados, estão demonstrando uma aproximação com projetos de governo antagônicos ao do Governo Dilma”. “Cid colocou essa preocupação para o líder nacional do partido e provável candidato à Presidência, Eduardo Campos, e demonstrou preocupação em romper essa aliança com o Governo Federal, que tem se mostrado positiva”.
Sarto destacou ainda a “grande responsabilidade” que Eduardo Campos terá, caso concorra à Presidência. “Ele terá que ter muita maturidade, pois carregará nos ombros a responsabilidade histórica e cívica do PSB, e pode acontecer de o partido sair dessa eleição menor do que entrou”, disse, ressaltando o “crescimento” que o partido teve nos últimos anos, contando, atualmente, com seis governadores e cinco prefeitos de capitais. “É uma atitude muito perigosa, e acho que nossas semelhanças com o Governo Federal valem mais que nossas divergências”, avaliou.
Em aparte, os deputados Lula Morais (PCdoB) e Augustinho Moreira (PV) também compartilharam a defesa do líder. Lula informou que “só há três partidos com os quais Eduardo poderá se coligar para viabilizar a sua campanha, sendo eles o PPS, o PSDB e o DEM”. “Se for desse jeito, acredito que colocaremos o Brasil nas mãos do atraso. Entendo que não devemos pender para a direita nunca”, frisou.
Augustinho também concordou que Dilma tem apoiado o governo cearense desde o primeiro momento “e que esse apoio de Cid é uma forma de gratidão, e uma forma de garantir mais apoio para o Ceará”.
Já Eliane Novais (PSB) rebateu que a candidatura de Eduardo Campos é legítima e é mais uma alternativa para o País. “As alianças não estão formadas ainda e é preciso preservar Eduardo Campos”. Ela disse, ainda, que ele tem conversado com o PPS e o PDT e demonstrou apoio ao projeto idealizado por Marina Silva. “Não devemos fazer conjecturas, pois ainda temos muito o que observar”, disse.
PE/JU