Durante o primeiro expediente, o pedetista teria feito críticas ao secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Francisco Bezerra, que esteve ontem na Casa participando do ciclo de visitas dos secretários estaduais. Para Heitor, “ele foi diferente dos outros secretários”, pois se dirigiu de forma agressiva aos parlamentares. Em resposta, Sarto disse que Heitor “se acha o baluarte da verdade e ainda se referiu à tribuna como dele, quando, na verdade a tribuna é de todos os 46 deputados eleitos”. Após os pronunciamentos, Heitor teria discutido com o líder, fora da tribuna.
Heitor Férrer criticou a desigualdade do tempo concedido à explanação do secretário, em relação ao tempo que cada deputado tem para fazer questionamentos. “Como é que, em três minutos, vou me contrapor a duas horas e meia de apresentação? O formato desses debates tem que ser diferente. Não tivemos a reação desejada pela sociedade, porque não tivemos espaço regimental”, acrescentou.
O pedetista esclareceu ainda que, devido a essa desproporção entres os tempos, se pronunciou no primeiro expediente “com rancor, mas em defesa do Parlamento”. Segundo ele, talvez tenha sido essa a sua razão para cometer o deslize de dizer que a tribuna é dele.
“Sarto e eu temos convivência desde 1989, época em que éramos vereadores de Fortaleza. Mas me doeu quando ele afirmou que eu estava querendo ser mais importante que os outros. Nós estávamos exaltados e eu confesso que disse até palavras duras, mas vim me desculpar. Nunca quis ser superior aos demais, pois isso não faz parte da minha conduta”, esclareceu.
Em aparte, o vice-líder do Governo na AL, deputado Augustinho Moreira (PV), criticou algumas pessoas que estiveram ontem nas galerias do Plenário 13 de Maio assistindo ao debate com o secretário, salientando que “aquela não era uma plateia do povo que reivindica melhorias, mas um grupo formado pelo vereador de Fortaleza, Capitão Wagner (PR). De acordo com ele, Wagner vem “desagregando a Polícia Militar do Ceará e só os policiais não percebem”.
PARQUE DO COCÓ
Augustinho falou ainda sobre os manifestantes que estavam acampados no Parque do Cocó, em protesto contra obras da Prefeitura de Fortaleza, para a construção de viadutos, no cruzamento das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales. O parlamentar defendeu as obras, afirmando que elas têm o objetivo de melhorar o trânsito da Capital.
“Foi concedida uma liminar, movida por uma ação popular. A Prefeitura recorreu e a Justiça permitiu a continuação das obras. É o progresso da cidade. Eu queria que eles fossem se manifestar em defesa do rio Ceará. Não vão, porque a mídia está em torno do Parque do Cocó, e é a mídia que eles querem”, concluiu.
RT/JU