Segundo ele, o secretário destratou vários deputados e agiu de forma jocosa com alguns. “Ele veio falar com facas nos dentes”, disse, desejando que a mesma “valentia” fosse utilizada para reduzir a violência no Estado. Heitor criticou a forma como o secretário se referiu à deputada Fernanda Pessoa, chegando, segundo observou, a trocar seu nome por Roberta Pessoa, diversas vezes. “Ele trocou o nome dela de forma desrespeitosa”, acusou.
Heitor também reclamou do pouco tempo utilizado pelos deputados para questionar o gestor da pasta. “As pessoas me ligaram decepcionadas, porque, na visão dos outros, o Parlamento ficou intimidado com a presença do secretário. Não foi nos dado o direito de falar. É um desrespeito. Essa tribuna é nossa”, afirmou. Ele propôs que seja mudado o formato de visita dos secretários estaduais à Casa e que a ideia seja levada ao Colégio de Líderes pela Mesa Diretora. “Vamos fazer diferente: que venha um secretário, mas ele fale não aos deputados e sim à sociedade. Que a sociedade saiba que nós não vamos nos curvar diante daqueles números”, explicou.
O pedetista afirmou ainda que o gestor de segurança faltou com a verdade em sua explanação. “Eu ouvi as mentiras postas pelo secretário. Veio para cá desmoralizar o Parlamento. Não trouxe nada de novo, só a desesperança”, disse.
Em aparte, vários deputados endossaram as queixas contra o secretário. Roberto Mesquita (PV) destacou que a segurança tem sido pauta dominante nas ruas. “(Bezerra) Utilizou o tempo para nos fazer de bestas e depois veio com chacota”, observou.
Vasques Landim (PR) afirmou que o representante da pasta “veio com espírito armado para amedrontar e apequenar este Parlamento”.
Antonio Carlos (PT) questionou o tempo utilizado. “O tempo dos deputados teria que ser maior. Não tivemos o direito sagrado de nos defender. Acho que o presidente José Albuquerque vai repensar esse modelo”, ponderou.
Julio César Filho (PTN) saiu em defesa do secretário, ressaltando que o gestor não utilizou de má-fé quando trocou o nome de Fernanda Pessoa. “A deputada representa muito bem o seu pai, por engano ele deve ter trocado o nome dela. Isso é natural, as pessoas podem errar o nome”, pontuou.
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