A parlamentar observou que a segurança pública foi uma das principais promessas do governador Cid Gomes durante sua primeira candidatura, mas já se passaram sete anos e a insegurança só cresce.
A deputada reuniu dados divulgados na imprensa do Ceará, nos últimos dias, e os apresentou no plenário. Entre as informações pesquisadas, Fernanda Pessoa citou matéria do jornal O Estado, mostrando que de janeiro a maio ocorreram, em média, três estupros por dia no Ceará, totalizando 546 casos. Desse total, 208 em Fortaleza, 125 na Região Metropolitana e 213 nas demais cidades, com 80% dos abusos cometidos contra crianças e adolescentes, e 85% das vítimas são do sexo feminino.
Fernanda Pessoa falou também sobre matéria do jornal O Povo, com dados sobre aumento de homicídios no Ceará. Segundo a matéria, em um ano, o número de homicídios dolosos cresceu 20% e, nos primeiros cinco meses, foram registrados 1.692 homicídios, totalizando 11 mortos por dia. Também foi destacado o crescimento de 41% de roubos ou furtos de veículos, numa média de um veículo roubado ou furtado a cada hora, em Fortaleza. No Interior, esse número registrou aumento de 113%, em um ano.
A deputada destacou dados do Sindicato dos Bancários indicando aumento no número de ataques a bancos, que subiu 24% em relação ao mesmo período do ano passado.
A parlamentar criticou ainda a demora da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social em fornecer dados para os jornais, que chegaram a esperar 45 dias pelas informações. Fernanda Pessoa afirmou ainda que os dados divulgados demonstram que o Governo do Ceará está investindo errado na segurança pública.
Citou ainda casod do repórter do jornal Diário do Nordeste, que foi assaltado duas vezes, no intervalo de apenas 10 minutos, tendo todo o salário e o celular roubados.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) também citou dois casos de assalto que ocorreram na manhã desta quinta-feira com uma funcionária da Assembléia e a irmã dela. Destacou que, a cada hora, uma pessoa é assassinada no Estado e que quase todos os municípios do Ceará tiveram agências dinamitadas. Segundo ele, o Ceará está em estado de calamidade no Interior por causa da estiagem e, na Capital e Região Metropolitana, por causa da violência.
JM/CG