O parlamentar disse que os protestos que vêm ocorrendo no País significam um grito contra os partidos e o descaso com áreas mais necessitadas. “A briga contra os 20 centavos é apenas a ponta do iceberg. Há um exagero de buscar o mercado pelo mercado, quando na verdade devemos ir para a praça. O poder estar na rua, nas mãos do povo. Tem que ouvir o povo. Se não fizer isso, vamos ter partidos ultrapassados. Deve criar novas maneiras de representar o povo, que não está sendo bem representado”, destacou.
Para ele, não há uma educação política por parte dos partidos para a população. “O povo deve ser informado pelo partido e também a própria formação política”, acrescentou o deputado, ressaltando que o Brasil passa por inúmeros problemas que, “pelo nosso ufanismo”, passam despercebidos.
No discurso, Teodoro defendeu a destinação de no mínimo 10% do PIB para a educação, área, que segundo ele, há muito tempo necessita de mais investimentos. O deputado criticou, ainda, as desigualdades regionais no País, onde os estados do Sul são mais priorizados com recursos do que outras regiões mais carentes, como o Nordeste. “Tem que se investir na educação para que o povo dê sua contribuição”, justificou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) endossou o discurso, afirmando que o momento é de transição e criticou a quantidade de partidos existentes no Brasil, o que, segundo ele, pode estar causando a falta de representatividade. “Há que se ter uma discussão neste momento onde uma nova ordem se põe”, disse.
Na mesma linha, o deputado Antonio Calos (PT) corroborou afirmando que “sem a participação política e o voto universal não vamos encontrar outras alternativas (de representar)”. O parlamentar entende as manifestações como um avanço contra as desigualdades.
LS/JU