O parlamentar relatou números referentes à venda de ingressos para os jogos que acontecem em Fortaleza. Segundo ele, dados divulgados pela Fifa mostram que 73,6% dos ingressos dos jogos que acontecem na capital cearense foram comprados pelo público local, 23,5% por brasileiros de outros estados e 2,9% pelos torcedores de outros países. Também foram vendidos no Brasil 600 mil ingressos a mais do que na África do Sul, sede da Copa de 2010.
Sérgio Aguiar ressaltou a importância do evento para o crescimento da economia do estado e citou um estudo da Fundação Getúlio Vargas patrocinado pelo Ministério do Turismo. O levantamento demonstra que os jogos deverão trazer grande visibilidade para Fortaleza, abrindo oportunidades para os empresários locais.
Além disso, o evento deverá gerar 245,1 mil postos de trabalho em 2014, de acordo com pesquisa do Senai Nacional, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). Outro dado positivo vem da Câmara de Dirigentes Lojistas, que prevê crescimento do varejo de, no mínimo, 20%.
O deputado destacou ainda ações pontuais que deverão movimentar a cidade e aumentar o fluxo de pessoas. Segundo ele, no dia 10 de junho, será inaugurada uma loja especial com produtos de cerca de seis mil artesãos. Durante os jogos, o aterro da Praia de Iracema receberá o São João da Copa das Confederações, que terá esquema de trânsito especial, com 40 agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza. Outra medida do Governo do Estado foi o repasse da primeira parcela do 13º dos servidores públicos no dia 18 de junho, véspera do jogo do Brasil em Fortaleza.
O parlamentar informou que a Fifa já credenciou cerca de 17 mil representantes de meios de comunicação, o que pode ajudar a consolidar uma nova imagem e posicionamento turístico para o Ceará no mercado internacional. Por isso, é preciso o envolvimento da iniciativa privada, que deve preparar suas equipes de trabalho para o evento.
Em aparte, o deputado Delegado Cavalcante (PDT) falou que alguns estabelecimentos estão aproveitando o evento para cobrar preços exorbitantes por serviços e mercadorias, o que tem que ser fiscalizado. O deputado Fernando Hugo (PSDB) também aparteou esclarecendo que o direito comercial no Brasil deixa completamente livre para o comerciante o estabelecimento dos preços, o que torna difícil punir esses abusos. Ele também questionou as exigências da Fifa, especialmente em relação ao entorno do estádio, onde só poderão ser vendidas bebidas da marca patrocinadora do evento.
JM/AT