O parlamentar disse que a população cearense vive um clima de terror em decorrência do aumento da violência e reclamou da ineficiência do programa Ronda do Quarteirão. Segundo ele, a grande queixa das pessoas diz respeito ao não atendimento das chamadas telefônicas.
O parlamentar relatou que, em algumas áreas, as ligações para o Ronda não são atendidas ou o número dá sinal de ocupado. “Isso é inaceitável sobre todos os aspectos. Porque é um programa tão bonito e que a sociedade acabou abraçando, mesmo custando os olhos da cara”, avaliou.
De acordo com ele, uma viatura circulando com os policiais custa R$ 40 mil mensal aos cofres do Estado. Ele reclamou ainda da diminuição dos policiais e da retirada das motos do policiamento. “O Ronda, sempre que chega, pede reforço”, salientou, afirmando que os resultados do alto investimento na segurança não foram satisfatórios. Ele pediu que o Governo reveja o programa, propondo que o policiamento seja feito com a presença de quatro policiais, que retome o patrulhamento das motos e crie um sistema de motocicleta, “porque o carro não tem agilidade para chegar em determinados locais”.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) defendeu a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, retirando “o menor bandido de circulação”. Em relação ao Ronda do Quarteirão, o parlamentar endossou a ineficiência do programa, “que deixa muito a desejar”. “A violência, a agressão, a inteira falta de confiança na população policial cresceu. Para quem tanto investiu, a nossa segurança piorou incontestavelmente”, ressaltou.
O deputado Heitor Férrer (PDT) também reclamou do programa, apresentado, segundo ele, pelo então candidato Cid Gomes como um “milagre” para a segurança pública do Estado. “A violência piorou e o Ronda fracassou”, sentenciou.
O deputado Antonio Carlos (PT) destacou que, na maior parte dos municípios cearenses, a população vem reclamando que a violência aumentou significativamente “e o Ronda vem demonstrando infelizmente um retumbante fracasso do Estado nessa área”.
A deputada Dra. Silvana (PMDB), mesmo dizendo ser uma entusiasta do programa, parabenizou o discurso de alerta de Ely. “Se tem um serviço de telefone e não está funcionado, tem que questionar sim”, disse. Ela isentou o programa da responsabilidade pelo crescimento da violência, atribuindo ao tráfico de armas e drogas o aumento da insegurança.
Na mesma linha, o deputado Augustinho Moreira (PV) destacou o empenho que o governador vem fazendo para melhorar a segurança do Estado. “E nós, parlamentares, temos a responsabilidade de apontar onde se tem que melhorar. Dizer que é um fracasso e que os investimentos foram insatisfatórios é um caminho ruim de fazer política”, contestou.
LS/CG